
Dois policiais militares, Mikenedy de Freitas Leão e Walmir Monteiro Bezerra, foram absolvidos pela acusação de homicídio contra os jovens Eliott Alves Pereira, 17 anos, e Flávio dos Santos Miranda Júnior, 18 anos, mortos em abril de 2013 em Belém. O julgamento ocorreu nesta quinta-feira (10) no 1º Tribunal do Júri, e a promotoria não conseguiu sustentar a acusação devido à falta de provas consistentes e testemunhos contraditórios.
O que aconteceu?
O crime ocorreu durante um velório no Centro Comunitário Associação Santos Dumont, no bairro Val-de-Cans. O falecido era um assaltante acusado de matar um policial militar, e o local estava tenso. Segundo relatos, quatro homens chegaram perguntando pelos jovens, e um intenso tiroteio se seguiu. As vítimas foram baleadas e levadas ao Hospital Metropolitano, mas não resistiram.
Por que os PMs foram absolvidos?
- Falta de provas: A promotoria afirmou que as evidências eram insuficientes para condenação.
- Testemunhas inconsistentes: Uma das testemunhas, que participou do retrato falado, deu versões contraditórias sobre os suspeitos.
- Defesa dos acusados:
- Mikenedy alegou que, na época, estava escoltando um promotor de justiça (Luiz Márcio Cipriano) até o velório do PM assassinado. Depois, foi liberado para lanchar e trocar de roupa, pois iria a uma festa.
- Walmir também negou envolvimento, sustentando que não estava presente no momento dos tiros.
- Os réus foram defendidos pelos advogados Lucas Sá, Paulo Bona, Américo Leal, Marco Mejia, Samio Sarraf, Marcos Zanuzo e Henrique Almeida.
Falta de elementos para condenação
O Ministério Público reconheceu que não havia como comprovar a participação dos PMs no crime. Sem provas materiais ou testemunhas confiáveis, o júri optou pela absolvição.