JR Avelar
A música do cantor Bezerra da Silva “A Semente” em um das suas estrofes diz “Os homens desconfiaram ao ver todo dia uma aglomeração e deram o bote perfeito e levaram todos eles para averiguação” se aplicou em uma “boca de fumo” na cidade de Muaná, na ilha do Marajó.
O major Kojak, comandante da 20ª CIPM de Muaná, determinou que a guarnição do sargento Rodrigo, cabo Amaral, soldados Leo Lucas, Veloso, Cardoso, Virgolino, Queiroz, Patrik e Medeiros verificasse uma denúncia sobre venda e consumo de entorpecentes na rua Manoel Izidro, na casa de um homem conhecido como “Madruga”.
Os policiais militares de imediato se deslocaram até o local informado, onde foi franqueada a entrada por Edvan Rodrigues Marinho, genitor e proprietário da casa conforme vídeo gravado e ao chegar no quarto localizado na entrada da residência, foi encontrado Elder Santana Marinho e Valéria Martins Carvalho.
Elder conhecido como “Madruga” tentou impedir a entrada dos policiais no quarto, apresentando uma grande resistência, onde foi necessário o uso progressivo da força adequada para imobilizar e algemar o “brabo” com o intuito de resguardar a integridade física do mesmo e da guarnição uma vez que se apresentava agressivo.
O motivo de toda esta lambança estava na descoberta feita pelos policiais. Parte da casa funcionava como um laboratório para cultivo de doze pés de maconha armazenados em seis mudas em copos descartáveis individuais e seis mudas maiores em baldes, um livro contendo no seu interior três folhas análogas à maconha, um aparelho celular de cor azul, uma tesoura e duas facas.
Elder Santana Marinho não teve como negar o plantio da erva e até uma espécie de estufa para secagem do material ilícito. O casal e todo o material encontrado foram encaminhados e apresentados na Delegacia de Polícia Civil de Muaná para os procedimentos de flagrante.