INVESTIGAÇÃO

Ataque a ônibus em Ananindeua: o que se sabe e o que falta esclarecer

Desde a noite desta terça-feira (22), o bairro das Águas Lindas, em Ananindeua, está sob ocupação de forças de segurança pública após um ataque criminoso.

Desde a noite desta terça-feira (22), o bairro das Águas Lindas, em Ananindeua, está sob ocupação de forças de segurança pública após um ataque criminoso
Desde a noite desta terça-feira (22), o bairro das Águas Lindas, em Ananindeua, está sob ocupação de forças de segurança pública após um ataque criminoso. Foto: Divulgação

Ananindeua - Desde a noite desta terça-feira (22), o bairro das Águas Lindas, em Ananindeua, está sob ocupação de forças de segurança pública após um ataque criminoso que resultou no incêndio de dois ônibus no final da linha que atende a região.

De acordo com relatos de testemunhas, os criminosos invadiram os coletivos, ordenaram que passageiros e funcionários descessem e, em seguida, atearam fogo nos veículos. A fuga foi realizada com apoio de um carro e duas motocicletas, utilizadas para dar cobertura à ação.

Antes dos incêndios, o bando armado rendeu motoristas e cobradores que aguardavam no ponto final. Os trabalhadores foram ameaçados de morte, tiveram seus celulares roubados e relataram disparos de arma de fogo efetuados pelos criminosos. No local, foram encontradas cápsulas de pistolas e de um armamento de calibre mais pesado, possivelmente um fuzil.

Imagens divulgadas nas redes sociais ainda na noite de terça mostram os ônibus em chamas e o desespero de funcionários da empresa responsável pela linha.

Ataque Crimininoso em Águas Lindas

Motoristas e cobradores relataram que foram feitos reféns durante a ação, que foi executada com violência extrema. A suspeita, segundo moradores da região, é de que o ataque tenha sido ordenado por uma facção criminosa que atua no local. Segundo as postagens, o grupo estaria pressionando a empresa de transporte a pagar a chamada “taxa do crime” — informação que ainda não foi confirmada oficialmente pela polícia.

Reação das autoridades

Logo após o atentado, o Estado enviou reforço policial para a região. Agentes da ROTAM, do BOPE e da Delegacia de Repressão a Facções Criminosas foram deslocados para garantir a segurança da população e tentar localizar os autores do ataque. O comandante-geral da Polícia Militar, coronel Dilson Júnior, esteve no bairro acompanhando pessoalmente a operação.

Tensão Contínua e Investigação Policial

Na manhã desta quarta-feira (23), durante a continuidade da ocupação policial, um novo episódio de tensão foi registrado: um suspeito invadiu um campo onde jogadores do Paysandu realizavam um treino. As atividades tiveram que ser interrompidas por medida de segurança, a pedido das forças policiais que seguem atuando na área.

A situação permanece sob monitoramento, e a polícia investiga a autoria e motivação do ataque.