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Advogados ligados ao PCC são alvos de operação no Pará

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Os mandados de busca e apreensão foram cumpridos em Marabá, em um escritório de advocacia situado no bairro Belo Horizonte, e em Castanhal, em endereços residenciais nos bairros Centro, Nova Olinda e Saudade I. Foto: Gaeco
Os mandados de busca e apreensão foram cumpridos em Marabá, em um escritório de advocacia situado no bairro Belo Horizonte, e em Castanhal, em endereços residenciais nos bairros Centro, Nova Olinda e Saudade I. Foto: Gaeco

O Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado do Ministério Público Estado do Pará (GAECO), com o apoio do Grupo de Atuação Especial de Inteligência e Segurança Institucional (GSI), deflagrou na manhã desta segunda-feira, 26 de junho, a Operação Muralha, visando o cumprimento simultâneo de seis mandados de busca e apreensão domiciliar e pessoal deferidos pela Vara de Combate às Organizações Criminosas no estado do Pará. A ordem envolveu endereços localizados em Marabá e Castanhal.

A Operação Muralha fundamenta-se em procedimento investigatório criminal instaurado no âmbito do GAECO com o objetivo de investigar conduta ilícita de advogados, consistente em integrar organização criminosa (Lei nº 12.850/2013) e lavagem de dinheiro. De acordo com o que foi apurado ao longo de mais de dois anos de investigação, os advogados alvos da medida cautelar de busca e apreensão compõem a célula jurídica denominada “Sintonia dos Gravatas”, na estrutura da organização criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC).

Os mandados de busca e apreensão foram cumpridos em Marabá, em um escritório de advocacia situado no bairro Belo Horizonte, e em Castanhal, em endereços residenciais nos bairros Centro, Nova Olinda e Saudade I.

Foram apreendidos durante a operação telefones celulares, documentos, agendas com anotações de interesse da investigação e mais de um mil bilhetes e cartas trocadas entre presos faccionados, os quais usavam advogados como “pombo correio” (na linguagem dos faccionados os “pombos” são os advogados que utilizam de suas prerrogativas para levar e trazer mensagens entre faccionados intra e extra muros, mantendo, assim, a facção em pleno funcionamento).

Os cumprimentos das decisões judiciais que autorizaram a medida cautelar de busca e apreensão domiciliar e pessoal  foram devidamente acompanhados por advogados integrantes da Comissão de Prerrogativas da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/PA). As investigações prosseguem em segredo de justiça para a análise das evidências apreendidas.

Fonte: MPPA