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Acusada de orquestrar assassinato de empresário em Castanhal é capturada

O crime ocorreu no dia 5 deste mês, quando a vítima foi atingida pelas costas com um tiro na cabeça ao deixar as filhas na escola.

Vítima foi morta a tiros em Castanhal.
Vítima foi morta a tiros em Castanhal.

Castanhal e Pará - Uma operação integrada das polícias civis do Pará e da Paraíba resultou na prisão de Brenda Mota Ribeiro, identificada como uma das envolvidas no assassinato do empresário castanhalense Estevão Neves Pinto, de 41 anos. O crime ocorreu no dia 5 deste mês, quando a vítima foi atingida pelas costas com um tiro na cabeça ao deixar suas duas filhas pequenas no Colégio São José, no centro de Castanhal, região nordeste do Pará.

A acusada foi presa em um hotel no bairro Miramar, em João Pessoa (PB), onde se hospedava, cumprindo mandado de prisão expedido pela Comarca de Castanhal. A ação foi coordenada pela Delegacia de Homicídios (DH) de Castanhal, com apoio do Núcleo de Apoio à Investigação (NAI) local e do Núcleo de Inteligência Policial (NIP) de Belém. A colaboração da Polícia Civil da Paraíba foi fundamental para a captura. As investigações continuam para identificar todos os envolvidos no crime.

Segundo as apurações, o homicídio foi encomendado por um amigo da vítima, Rafael, motivado por dívidas e inveja. Rafael devia valores ao empresário e supostamente articulou a execução.

Empresário foi morto ao deixar as filhas na escola.

Dinâmica do Crime
No dia do crime, por volta das 6h, Rafael saiu de casa dirigindo um Hyundai Creta branco (já apreendido) e pegou Brenda, sua irmã, na rua Osasco (bairro Novo Estrela). Os dois se dirigiram a um hotel na rua Pedro Porpino (bairro Caiçara), onde o assassino Matheus (já preso) e um cúmplice (piloto de moto foragido) aguardavam. A dupla havia vindo de Benevides, região metropolitana de Belém.

Brenda monitorou o trajeto do empresário e forneceu uma motocicleta aos criminosos. Enquanto os assassinos aguardavam perto da escola, Brenda e Rafael acompanhavam o carro de Estevão e repassavam informações em tempo real. Após a execução, Brenda escondeu a moto usada na fuga – aparecendo em imagens de segurança recolhendo o veículo. Rafael levou os assassinos de volta a Benevides e retornou ao local do crime, onde fingiu chorar pela morte do “amigo”.

Ele participou do velório e levou flores, mas foi preso em sua residência após as primeiras investigações. Matheus foi capturado em Santa Maria do Pará quando tentava fugir para São Paulo. Ele e o cúmplice foragido teriam recebido R$ 6 mil pelo crime.

Brenda é acusada de contratar os assassinos, fornecer a arma e a motocicleta. Também é suspeita de envolvimento em outro homicídio em Castanhal, onde teria matado um ex-namorado a tiros. Ela será transferida para o sistema prisional do Pará para responder pelo crime.