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Voluntários são homenageados no Dia Mundial do Doador de Sangue

A ação fez parte da campanha Junho Vermelho e contou com a presença massiva dos doadores de sangue, além de vasta programação cultural.  Foto: Irene Almeida/Diário do Pará.
A ação fez parte da campanha Junho Vermelho e contou com a presença massiva dos doadores de sangue, além de vasta programação cultural.  Foto: Irene Almeida/Diário do Pará.

Irlaine Nóbrega

Com homenagens aos voluntários, a Fundação Centro de Hemoterapia e Hematologia do Pará (Hemopa) comemorou, nesta sexta (14), o Dia Mundial do Doador de Sangue, na sede da instituição e nas demais unidades regionais, nos municípios de Castanhal, Marabá, Santarém, Abaetetuba, Capanema, Altamira, Tucuruí e Redenção. A ação fez parte da campanha Junho Vermelho e contou com a presença massiva dos doadores de sangue, além de vasta programação cultural.

 

“É uma maneira de a gente agradecer a todos os doadores de sangue, mas, principalmente, reforçar a importância da doação de sangue. O mês de julho está chegando, é o mês de férias, em que as pessoas saem da cidade e tradicionalmente acontece uma redução da doação. Por isso, o Hemopa prepara o estoque, abastecendo durante o mês de junho para atender todas as demandas transfusionais”, reforça o presidente da Fundação Hemopa, Paulo Bezerra.

 Foto: Irene Almeida/Diário do Pará.

 A doação de sangue é uma questão de saúde pública no mundo inteiro. No Pará, o Hemopa é o órgão responsável por todo o atendimento transfusional de toda a rede hospitalar do estado, seja pública ou privada, desde a captação de doadores até a disponibilização do líquido. O sangue coletado é destinado ao atendimento de acidentados, pacientes oncológicos e toda e qualquer pessoa que precise de transfusão sanguínea.

 

Para doar basta ter entre 16 a 69 anos, pesar no mínimo 50 quilos, estar bem alimentado e em boas condições de saúde. É obrigatório apresentar documento oficial de identificação com foto, como RG, Carteira Profissional, Reservista ou de Conselhos de Classe. Em caso de menores de idade, é necessário a presença do responsável legal portando o mesmo documento.

 

DOAÇÃO

Na manhã de ontem (14), a sede do Hemopa ficou bastante movimentada com a presença dos doadores voluntários de sangue que abraçaram a campanha Junho Vermelho. A presença de várias atrações culturais animou toda a programação. Uma delas foi os brincantes do Arraial do Pavulagem, que tocaram as toadas de boi para incentivar a doação sanguínea.

 Foto: Irene Almeida/Diário do Pará.

Doadora há mais de 30 anos, Nelma da Silva, 58, esteve presente durante a ação do Dia Mundial do Doador de Sangue, no Hemopa. Visando sempre as pessoas hospitalizadas, para ela, a ação marca um compromisso de amor com o próximo que, muitas vezes, está em uma situação delicada de saúde. Por isso, ela não mede esforços e vai pelo menos duas vezes no ano doar sangue.

 

“Eu faço a doação pela necessidade de ter estoque para ajudar as pessoas que se envolveram em acidente ou tem alguma doença e precisa disso para ficar bem. Eu faço isso duas vezes ao ano, mas se as pessoas se conscientizassem teriam muito mais doadores. Eu não estou passando por nenhum problema, mas tem gente que precisa, é um momento de necessidade por uma coisa que não dá para substituir”, reafirma a professora.

 

A necessidade de uma familiar por transfusão sanguínea foi o que levou Gleice Santos, 39, a ser doadora de sangue do Hemopa. Foi após esse momento que ela entendeu a importância da doação e mantém o costume há 5 anos. “Eu gosto de doar porque sei da importância. A gente sabe que muitos hospitais precisam de estoque. Então, nós temos que fazer o nosso papel enquanto cidadãos e ser doadores. Enquanto eu tiver com saúde, vou doar”, garantiu a dona de casa.

Foto: Irene Almeida/Diário do Pará.

Colaborador do banco de sangue do Hemopa desde 1995, Charles Luiz também foi um dos doadores que compareceram à sede da instituição para fazer a boa ação. “Eu sempre venho fazer a doação voluntária, mas hoje eu vim doar para um familiar. Nós temos esse hábito, que é quase uma obrigação, de vir constantemente doar. Eu doo sangue porque acho isso de suma importância para ajudar as pessoas que necessitam por problemas de saúde. Hoje eu estou ajudando essa pessoa, mas amanhã pode ser eu”, conclui o vigilante, de 50 anos.