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Vigia ferve no carnaval mais irreverente do Pará. VÍDEO

Vigia ferve no carnaval mais irreverente do Pará. VÍDEO Vigia ferve no carnaval mais irreverente do Pará. VÍDEO Vigia ferve no carnaval mais irreverente do Pará. VÍDEO Vigia ferve no carnaval mais irreverente do Pará. VÍDEO
Viva a folia no carnaval de Vigia em 2025! A tradição e a alegria dos blocos prometem momentos inesquecíveis.
Viva a folia no carnaval de Vigia em 2025! A tradição e a alegria dos blocos prometem momentos inesquecíveis. Foto: Celso Rodrigues

Depois de dois anos, o carnaval mais irreverente do Pará voltou a tomar as ruas históricas de Vigia de Nazaré, a cidade que não dorme. A cidade recebeu a visita de milhares de turistas no Carnaval e nesta segunda-feira, 20, as ruas do município foram palco de um desfile intenso de muita gente fantasiada e pronta para curtir o carnaval com estilo.

Tomando cerca de cinco quarteirões da cidade de Vigia de Nazaré ainda na concentração, o bloco “As Virgienses” é uma das principais atrações do carnaval no município, quando os brincantes se fantasiam de mulher.

A brincadeira já se repete há 38 anos e, em 2023, tem como tema “As Virgienses 2023: É muito bom estar de volta”. Logo em seguida, a ordem é para as mulheres se fantasiarem como homens, na saída do bloco “Os Cabrasurdos”. Abrilhantando ainda mais a festa, também há espaço para a irreverência do bloco LGBTI+, o “Gaiola das Loucas”. Desfiles de escolas de samba, trio elétrico, blocos tradicionais e blocos de micareta também compõem a extensa programação do carnaval de Vigia de Nazaré.

Caracterizado pela presença de homens vestidos com roupas femininas, o bloco As Virgienses tem a sua história iniciada ainda na década de 1980. Na época, a união despretensiosa entre grupos de amigos da Rua das Flores e da Rua de Nazaré deram início à tradição que tornou o carnaval de Vigia conhecido em todo o Estado.

A idealização do nome partiu do grupo de amigos da Rua das Flores e, depois, parte desses amigos passaram a se apresentar no bloco que já existia na esquina da Rua de Nazaré, com a avenida Marcionilo Alves. A esquina é até hoje ponto de concentração do bloco.

“As Virgienses surgiu aqui nessa esquina. Eu peguei a roupa da minha namorada, que era minha namorada na época, e a gente começou com um grupo de amigos. Fazíamos aqui aquela brincadeira, pega um instrumento aqui e outro ali, e as Virgienses foi surgindo”, lembra o comerciante Paulo Costa, que não apenas viu essa história iniciar, como também fez parte.

“Hoje em dia, o bloco As Virgienses é falado em todo o Brasil e a gente tem orgulho de ter participado disso. Eu já não saio mais, praticamente sou uma ‘virgem aposentada’, mas a gente sempre se reúne, ou subo no trio. As Virgienses não pode nunca morrer, a gente quer que continue”.