Pará

Varíola dos macacos: Pará registra mais de 80 casos da doença

A varíola dos macacos já foi confirmada em 81 pessoas no Pará, que não registrou óbitos causados pela doença. Foto: Divulgação
A varíola dos macacos já foi confirmada em 81 pessoas no Pará, que não registrou óbitos causados pela doença. Foto: Divulgação

A Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) informa que há 81 casos confirmados de Monkeypox no Pará, residentes do município de Belém (57), Ananindeua (11), Santarém (04), Marituba (02), Barcarena (01), Paragominas (01), Marabá (01), Acará (01), Benevides (01), Itaituba (01), e Portel (1).

Outros 112 casos foram descartados. Ainda, 3 casos suspeitos seguem em investigação, residentes de: Belém (02) e Acará (1). O acompanhamento e monitoramento dos pacientes são feitos pelas secretarias de saúde municipais.

Alguns sintomas iniciais da varíola dos macacos são febre, mal-estar e dores no corpo. Após isso, é comum o aparecimento de lesões pelo corpo do paciente. A transmissão ocorre principalmente no contato com essas feridas. Embora mais raras, outra forma de transmissão é por vias aéreas.

Óbitos pela doença são raros e ocorrem principalmente em grupos de maior risco, como crianças e pacientes imunossuprimidos.

A vacinação é uma ferramenta para evitar novos casos da doença e, consequentemente, barrar possíveis novas mortes. Até o momento, o Brasil adquiriu cerca de 50 mil doses, mas só conta com 9.800 em território nacional -elas chegaram ao país em 4 de outubro.

Contudo, o Ministério da Saúde optou por realizar um estudo, em parceria com a OMS (Organização Mundial da Saúde) e a Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), para medir a efetividade da vacina na vida real.

A população elegível para receber as primeiras doses seriam aquelas que tiveram exposição a um caso confirmado ou suspeito de varíola dos macacos. Pessoas que fazem tratamento contra o HIV ou são adeptas da Prep (Profilaxia Pré-Exposição) também compõem o grupo primário.

Em entrevista à Folha de S. Paulo, Julio Croda, médico infectologista e presidente da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, avalia que a situação do Brasil é assustadora. Para ele, um dos gargalos é a lentidão em iniciar a vacinação. “Não temos disponíveis vacinas que poderiam estar sendo usada no grupo de risco e nos contactantes”, afirma.