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VARÍOLA DOS MACACOS: Pará registra mais de 120 casos da doença

Belém lidera casos de Monkeypox. Foto: Divulgação
Belém lidera casos de Monkeypox. Foto: Divulgação

A Secretaria de Saúde (Sespa) informou ao DIÁRIO que há 122 casos confirmados de Monkeypox no Pará. As pessoas contaminadas até agora desde o primeiro caso registrado são residentes do município de Belém (84), Ananindeua (20), Santarém (4), Marituba (03), Parauapebas (2), Barcarena (1), Paragominas (1), Marabá (1), Acará (1), Benevides (01), Itaituba (1), Portel (1), Vigia (1) e Castanhal (1).

De acordo com a Sespa, outros 141 casos suspeitos da doença foram descartados. Até o momento, o Estado registrou um óbito, sendo uma pessoa residente em Belém. O acompanhamento e monitoramento dos pacientes são feitos pelas secretarias de saúde municipais, segundo a Secretaria.

Também conhecida como varíola dos macacos, a doença é uma zoonose causada pelo vírus monkeypox, do gênero Orthopoxvirus, pertencente à família Poxviridae. A essa família, também pertencem os vírus da varíola e o vírus Vaccínia, a partir do qual a vacina contra varíola foi desenvolvida.

Ela é transmitida principalmente por contato direto ou indireto com sangue, fluidos corporais, lesões na pele ou mucosas de animais infectados. A transmissão secundária ou de pessoa a pessoa pode acontecer por contato próximo com secreções infectadas das vias respiratórias ou lesões na pele de uma pessoa infectada, ou com objetos contaminados recentemente com fluidos do paciente ou materiais da lesão.

A transmissão ocorre principalmente por gotículas respiratórias. Esta enfermidade também é transmitida por inoculação ou através da placenta (varíola dos macacos congênita). Não há evidência de que o vírus seja transmitido por via sexual.

Não há tratamentos específicos para a infecção pelo vírus da varíola dos macacos. Os sintomas costumam desaparecer espontaneamente, sem necessidade de tratamento. A atenção clínica deve ser otimizada ao máximo para aliviar os sintomas, manejando as complicações e prevenindo as sequelas em longo prazo.

É importante cuidar da erupção deixando-a secar, se possível, ou cobrindo-a com um curativo úmido para proteger a área, se necessário. Evite tocar em feridas na boca ou nos olhos. Enxaguantes bucais e colírios podem ser usados desde que os produtos que contenham cortisona sejam evitados. (Com informações da Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da Saúde)