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Vai viajar? Espaços garantem hospedagem ao seu pet

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Encontrar um local seguro para deixar o animal de estimação preocupa os tutores, mas hotéis e casas oferecem o serviço com pacote de atividades de lazer e alimentação adequada aos bichinhos Foto: Mauro Ângelo/ Diário do Pará.
Encontrar um local seguro para deixar o animal de estimação preocupa os tutores, mas hotéis e casas oferecem o serviço com pacote de atividades de lazer e alimentação adequada aos bichinhos Foto: Mauro Ângelo/ Diário do Pará.

Cintia Magno

Entre os preparativos para quem vai viajar nas férias escolares de julho está a preocupação de encontrar um local seguro para deixar os pets que não podem seguir viagem. É nesse contexto que empreendedores vêm apostando na disponibilização do serviço de hospedagem por temporada para cães e gatos, com diferentes configurações de espaços.

Proprietária do Pet Home Hotel, Camila Rodrigues conta que começou atuando na área com a ideia da creche, quando o animal é deixado no local para passar por diferentes atividades recreativas e retorna para casa no final do dia. Com o tempo, porém, os próprios clientes da creche foram apresentando a demanda por um local onde os animais pudessem dormir por alguns dias.

“Nós vimos a necessidade dos hotéis por uma demanda dos próprios clientes mesmo que perguntavam se dava pra deixar o animal no final de semana porque precisariam viajar. E foi surpreendente porque o hotel é procurado mesmo fora da temporada de férias, mas em julho e no final de ano a demanda aumenta bastante. É o único momento que a gente fica sem vagas, e olha que hoje a gente conta com duas unidades”, aponta. “Na unidade da Castelo nós hospedamos só cães e na unidade do Marco, hospedamos cães e gatos”.

Ao todo, as duas unidades têm capacidade de hospedar de 40 a 50 cachorros, considerando que a lotação varia de acordo com o porte dos animais. Já a área dos gatos tem capacidade para abrigar nove animais por vez.

“A gente não trabalha com baias, então, eles ficam sempre soltos. O espaço é como um quarto mesmo, uma área grande, refrigerada, com uma televisão. Dorme um monitor da noite aqui com eles”, explica Camila. “Na outra unidade é a mesma coisa, mas a gente tem quartos propriamente ditos, é uma formatação de casa”.

Para que um animal possa se tornar um hóspede do hotel, Camila explica que o critério principal é que o animal apresente boas condições de saúde, sendo a carteira de vacinação atualizada, uma obrigatoriedade, assim como o animal estar em dia com o carrapaticida. Quando o animal chega pela primeira vez, Camila aponta que é feita uma pré-avaliação, uma conversa que é importante para a equipe conhecer o estado geral do cão.

“A gente confere a carteira de vacinação e faz a socialização deles aqui. Se é um cachorro pequeno, pega a turma dos pequenos e coloca ele junto para ver como ele se socializa. A mesma coisa com o cão de porte grande. A gente observa o comportamento dele, se tem algum sinal de agressividade, excesso de medo. Quando sai do nosso perfil perfeito, a gente ainda tem uma opção que é a de tentar, se der tempo, socializar ele antes de ir para a creche”.

Para que o cão fique hospedado, Camila aponta que há uma diária fixa de R$100, independente do porte do animal. Além da dormida à noite, durante o dia todos os animais hospedados descem para a área da creche para participar de atividades como natação, atividade física, atividades mentais, o lanche da tarde.

Outra opção para quem busca um local seguro para deixar o seu pet enquanto viaja é a que se configura como uma hospedagem em casa. Assim que concluiu a faculdade de biomedicina, Amanda Assunção buscou uma maneira de ter uma renda extra e continuar estudando. Foi quando surgiu a ideia de empreender na área de hospedagem pet, nascendo a Mascote’s Home.

“Eu pesquisei na internet sobre como trabalhar com pets e achei um aplicativo chamado Dog Hero e fiz o meu cadastro. Depois eu decidi fazer um Instagram onde eu compartilhava a rotina deles e comecei a ter muitos clientes. Eu comecei a ser bem avaliada e resolvi investir nessa área”, lembra.

Amanda Assunção buscou uma maneira de ter uma renda extra e continuar estudando. Foto: Mauro Ângelo/ Diário do Pará.

“Tudo começou porque eu sempre fui apaixonada por animais, até porque meu pai é veterinário, então, eu sempre tive cachorro, sempre tive gato, às vezes a gente resgatava gatos, eu já fiz parte de ONGs, então, cuidar dos animais é uma coisa que eu amo”.

Amanda conta que optou por desenvolver um espaço que possibilitasse uma hospedagem humanizada. Com isso, os cachorros que ela recebe como hóspedes ficam soltos, à vontade, como se estivessem na própria casa deles. Normalmente, a hospedagem funciona por diária, mas quando são muitos dias é possível fazer um pacote, com oferta de desconto aos clientes.

Foto: Mauro Ângelo/ Diário do Pará.

Apesar da demanda ser presente ao longo do ano todo, ela conta que durante o período de férias a agenda chega a ficar lotada.

“Nesse período de julho aumenta muito essa procura. Eu estou com 90% da agenda fechada para o mês de julho já. Eu consigo abrigar até 12 a 15 cachorros por vez”, explica ela, ao contar que está se preparando para mudar o negócio para uma nova casa, com espaço mais amplo para os animais.

“Enquanto eles estão hospedados eu posto a rotina deles no Instagram, o cachorro acordando, eles comendo na hora do almoço, para que o tutor possa acompanhar e, além disso, eu envio as fotos também para o contato do tutor para mostrar que está tudo bem com o animal. Qualquer coisa anormal, eu comunico imediatamente o tutor também”.

Quando vai receber um cliente novo, Amanda conta que também segue todos os cuidados necessários. Só são aceitos animais que estão com a carteira de vacinação e com a proteção parasitária em dia.

“Eles precisam trazer ração suficiente para o período que vão ficar hospedados e eles podem trazer também objetos pessoais como, por exemplo, a caminha, a vasilha. Mas se o tutor preferir não trazer, a gente tem aqui”, explica a empreendedora. “Quando tem clientes novos, a gente faz o pré-encontro. A gente pede para o tutor trazer o animal antes para ele conhecer o local e para a gente conhecer o animal também porque ele precisa ser dócil com pessoas e com outros animais”.