Pará

Um dos maiores desmatadores do Pará é preso em Goiás

O pecuarista já havia sido preso em 2022 e estava em liberdade provisória. Durante este período, ele teria violado as medidas cautelares impostas, levando à sua nova captura
O pecuarista já havia sido preso em 2022 e estava em liberdade provisória. Durante este período, ele teria violado as medidas cautelares impostas, levando à sua nova captura

Coordenada pela Polícia Civil do Pará (PCPA) com apoio da Polícia Civil de Goiás, a “Operação Refloresta Xingu”, em desdobramento da “Operação Curupira”, prendeu nesta quarta-feira, 3, na cidade de Goiânia, um homem considerado um dos maiores desmatadores do Estado do Pará.

A ação foi realizada pela Diretoria de Polícia Especializada (DPE), Força-Tarefa Amazônia Segura, Núcleo de Inteligência Policial (NIP), Núcleo de Apoio à Investigação (NAI) de Redenção, apoio da Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas), Grupamento Aéreo de Segurança Pública (Graesp) e Gerência de Operações de Inteligência (GOI) da Polícia Civil de Goiás.

A operação resultou no cumprimento de um mandado de prisão preventiva contra um pecuarista acusado de ser o maior desmatador em área contínua da Área de Proteção Ambiental (APA) Triunfo do Xingu. O acusado, que já havia sido preso em 2022, encontrava-se em liberdade provisória. Durante este período, ele teria violado as medidas cautelares impostas, levando à sua nova captura.

“Estão sendo cumpridos mandados de prisões, buscas e apreensões em várias localidades do Pará e Goiás, para que dar suporte à Operação Curupira, que tem uma função de fiscalização e comando e controle nessas áreas. Paralelo às ações em campo, nós temos uma força-tarefa dentro da Polícia Civil que investiga a fundo os casos que são encontrados pela equipe de campo da operação Curupira. Isso é um trabalho integrado de fiscalização e investigação para que nós possamos chegar aos verdadeiros autores dos crimes ambientais no Pará”, afirmou Ualame Machado, titular da Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social.

Conforme o delegado-geral, Walter Resende, as investigações, intensificadas pela colaboração de informações da Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Pará (SEMAS), por meio da Assessoria de Inteligência e Segurança Corporativa, levaram à identificação de diversos crimes. “Apontaram para a prática continuada de crimes ambientais, incluindo dano à Unidade de Conservação, incêndio em floresta, impedimento à regeneração florestal, falsidade ideológica, e associação criminosa com foco em atividades ilegais contra o meio ambiente”, ressaltou Resende.

Desde 2019, o acusado é responsável por desmatar mais de 10.000 hectares de floresta amazônica, configurando-se como um dos principais agentes de desmatamento no Estado do Pará.