O jambu, planta nativa da culinária amazônica conhecida por causar a famosa sensação de dormência na boca, vai atravessar fronteiras — e a atmosfera. Alunos da Escola do Serviço Social da Indústria (Sesi) Ananindeua foram convidados a apresentar um experimento sobre o cultivo da planta em microgravidade em um evento internacional na Flórida, nos Estados Unidos.
A equipe Newton Exploration, formada por estudantes do 3º ano do Ensino Médio, representará o Brasil na KSCIA SSEP Experience, conferência sobre medicina e biotecnologia espacial que acontecerá no próximo dia 2 de julho nas instalações da Kennedy Space Center International Academy (KSCIA), localizadas no complexo da Nasa. O grupo será a única equipe da rede Sesi presente no evento, que reúne jovens pesquisadores do Brasil e de Portugal.
O projeto para levar o jambu ao espaço foi desenvolvido com orientação do professor Thiago Machado e apoio técnico da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). A proposta simula a germinação da planta em ambiente de microgravidade e será apresentada em um estande interativo, totalmente em inglês. A pesquisa foi inicialmente exibida no Science Days 2025, em Campinas (SP), onde chamou a atenção dos organizadores internacionais.
“Estamos muito orgulhosos em ver nossos alunos levarem o nome do Pará e do Brasil para um dos maiores centros de pesquisa aeroespacial do mundo”, destacou Márcia Arguelles, gerente executiva de Educação do Sesi Pará. “Essa conquista mostra o potencial da nossa metodologia e a capacidade dos nossos jovens de contribuir com a ciência global”, enaltece.
Participação no Evento Internacional
Para Machado, a participação no evento é mais que uma apresentação científica. “É uma vivência que transforma. Os alunos mergulharam em uma temática complexa, que une ciência, biotecnologia e desafios do espaço, e agora terão a chance de apresentar isso em um cenário internacional”, orgulha-se.
A equipe permanece na Space Coast até o dia 5 de julho, participando de uma programação intensa com foco em inovação, educação científica e exploração espacial — e assim levando um pedacinho da Amazônia para muito além da estratosfera.