Explorar o Pará é se lançar em uma aventura única, repleta de surpresas e descobertas inesquecíveis, onde a cultura vibrante e a natureza exuberante se entrelaçam. Localizado no coração da Amazônia, o Pará oferece uma diversidade de experiências que encantam viajantes de todas as idades.
Isa Arnour, presidente da Associação Brasileira de Jornalistas de Turismo (Abrajet Pará), considera o Pará um destino turístico com grande potencial, oferecendo natureza exuberante, rica cultura, gastronomia singular e diversos atrativos. “A COP30 é um evento mundial de grande porte. Representará uma transformação significativa no cenário turístico local, impulsionando o turismo de eventos, o turismo de natureza e o turismo de uma maneira em geral”, avalia.
Ela acredita que as importantes obras de infraestrutura que vêm sendo realizadas em Belém incentivarão a vinda de turistas, que poderão desfrutar dos atrativos da cidade. “Quem vier para cá poderá explorar diversas opções, desde as praias até os rios e igarapés. A região de Marudá e Marapanim, por exemplo, com suas praias como a de Algodoal, ainda pouco conhecida internacionalmente, oferece beleza e singularidade. Em Bragança, além da praia de Ajuruteua, os igarapés também são atrativos”, cita.
Isa ressalta que a COP30 transcende o debate climático, promovendo oportunidades para o turismo. “Após anos de discussão sobre o potencial turístico, a COP representa a chance de demonstrar ao mundo que somos um destino atraente e preparado para receber visitantes de todas as partes. Contamos com guias profissionais, mão de obra qualificada, infraestrutura hoteleira adequada e uma gastronomia premiada, reconhecida pela UNESCO. Penso que a COP trará um legado sem precedentes para o turismo paraense”, avalia.
Conheça alguns destinos selecionados pelo DIÁRIO que prometem tirar o fôlego dos viajantes que vêm para a COP 30:
Santarém e o paraíso de Alter do Chão
Santarém é uma porta de entrada para paisagens dignas de sonho. A apenas algumas horas, fica Alter do Chão, a famosa “Caribe Amazônico”, com suas praias de água doce cristalina e areias claras. Navegar pelo Lago Verde, fazer passeios de barco pelos igarapés ou explorar trilhas na Floresta Nacional do Tapajós oferece imersão total na biodiversidade e vida ribeirinha da Amazônia. E não deixe de admirar o impressionante espetáculo do Encontro das Águas, a junção visual dos rios Tapajós e Amazonas. A melhor época para visitar ocorre entre agosto e dezembro, quando as praias surgem em sua plenitude.
Descobrindo Marajó e Algodoal
Marajó: natureza bruta e cultura viva
A Ilha do Marajó, a maior ilha fluvial do mundo, revela beleza selvagem e tradições enraizadas. Aqui, búfalos pastam livremente enquanto arqueólogos desvendam sítios cerâmicos da cultura marajoara.
Se a opção for buscar tradição, fé, resistência e festa, Salvaterra é a melhor escolha. Conhecida por suas raízes quilombolas e pelo ritmo contagiante do carimbó, a cidade convida à celebração. Salvaterra traz as marcas dos povos indígenas além da herança dos jesuítas, visível em monumentos históricos, como as ruínas da antiga igreja de Joanes.
Mas se a busca é por praias, sol e paisagens paradisíacas, a opção é Soure, também conhecida como a “Pérola do Marajó”. É uma ótima pedida para os amantes das praias de água doce e também para aqueles que gostam de apreciar a natureza que se revela caprichosa nos manguezais, igarapés, furos de rios e fazendas. Os búfalos, animais que já fazem parte da paisagem local, são uma das maiores atrações turísticas da cidade, que tem mais de 24 mil habitantes e está localizada na microrregião do Arari.
Algodoal: recanto de tranquilidade
É um dos locais mais lindos do Pará e atrai pela tranquilidade, pela simplicidade e pelas belezas naturais. Suas águas são banhadas pelo Oceano Atlântico e a região faz parte de uma Área de Proteção Ambiental. Fica localizado na cidade de Maracanã, região nordeste do Estado. Embora seja chamada assim, seu nome verdadeiro é Maiandeua, pois “Algodoal” é apenas o nome de uma das vilas. Algodoal é uma região pouco explorada pelo turismo de massa, porém muito agradável para conhecer sozinho ou acompanhado. Não há carros circulando, o que traz um sossego maior para quem está fugindo do trânsito das grandes cidades.
Encantos de Mosqueiro e Salinas
Mosqueiro, a ilha envolvida pelo rio
Mosqueiro é um dos locais que mais tem ganhado visibilidade turísticas no Estado. E, claro, em 2025, com a COP-30 na capital paraense, a expectativa é apresentar os encantos da ilha para milhares de visitantes e turistas que estarão no evento. Mosqueiro é uma ilha gigantesca envolvida não por mar, mas por rio. Cinquenta mil moradores fixos e quase todo belenense tem uma história com a ilha. Por estar localizada na Amazônia, suas praias são de água doce, de Marahu a Porto Artur, com comunidades, trilhas e pontos de descanso.
Salinas, o paraíso do Atlântico
O município de Salinópolis, também conhecido como Salinas recebe anualmente milhares de turistas nos meses de alta temporada, sendo considerada um dos destinos turísticos mais procurados no Pará, principalmente durante o verão por turistas daqui e de fora do país. A cidade litorânea, localizada a cerca de 210 quilômetros de Belém, na região da Amazônia Atlântica, é a pedida certa para quem quer curtir as belezas da região. As praias possuem areia fina e branca, com águas de uma tonalidade verde-acinzentada, devido aos sedimentos carregados pelo rio Amazonas. Com paisagens que combinam céu e mar, além de áreas verdes preservadas, Salinas oferece experiências especiais em cada canto.
Bragança e Vigia: História e Cultura
Bragança: praias e história
Considerada a Pérola do Caeté, Bragança possui lindas praias e uma rica história, atraindo visitantes de todo o Brasil e do mundo. A Praia de Ajuruteua, e o destaque. Ela tem águas calmas e vegetação exuberante. É perfeita para fotos e um banho de mar. Além das praias, Bragança tem um centro histórico com arquitetura colonial. A Ilha do Canela é um santuário ecológico. A Praia de Boiçucanga também é ótima, com areia fina e um farol.
Vigia: polo pesqueiro e cultural
Vigia está entre os principais polos pesqueiros do Pará, sendo conhecida como a “terra da gurijuba”. O município, localizado no nordeste paraense, é considerado um dos municípios mais antigos da região Norte, com fundação datada em 06 de janeiro de 1616. Vigia oferece uma variedade de experiências que encantam os visitantes. É um destino ideal para quem busca um contato mais próximo com a natureza e a tradição local. Entre as opções destacam-se as visitas a pontos turísticos que revelam a história e a cultura da região, além de atividades ao ar livre que permitem explorar a biodiversidade amazônica.