O complexo mineral do Pará, principal motor das exportações estaduais, também figura entre os mais prejudicados. Produtos como minério de ferro, bauxita calcinada, cobre e ligas metálicas, que antes abasteciam diretamente indústrias nos EUA, agora enfrentam a dura realidade das novas tarifas.
Com o tarifaço, exportar para os Estados Unidos ficou inviável. Empresas tentam redirecionar cargas para a Europa e Ásia, mas isso exige tempo, logística e renegociação de contratos.
Emerson Rocha, diretor executivo do Sindicato das Indústrias Minerais do Estado do Pará (Simineral) informa que o setor acompanha atentamente o tema das tarifas adicionais impostas pelos EUA a produtos brasileiros.
“O setor mineral está compondo um grupo de estudos em conjunto com a Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Mineração e Energia -Sedeme e FIEPA para analisar tecnicamente os possíveis impactos à luz da realidade do setor produtivo paraense”, afirma.
Rocha dia ainda que o Simineral trabalha “com base na acuracidade de dados e evidências concretas, e se manifestará publicamente tão logo os estudos avancem e permitam uma posição fundamentada e alinhada aos interesses do setor e da economia regional”.
Enquanto isso, empresários e trabalhadores aguardam com apreensão os desdobramentos das próximas semanas. Com parte da produção represada e contratos suspensos, o desafio será encontrar novos destinos para a produção paraense – e evitar que a crise comercial se transforme em uma crise social.