ECONOMIA

Tarifas dos EUA travam exportações minerais do Pará e acendem alerta no setor

O complexo mineral do Pará, principal motor das exportações estaduais, também figura entre os mais prejudicados.

No sudeste do Pará, a região de Carajás é conhecida por abrigar uma das maiores riquezas minerais do planeta — ferro, cobre, níquel, manganês e ouro
No sudeste do Pará, a região de Carajás é conhecida por abrigar uma das maiores riquezas minerais do planeta — ferro, cobre, níquel, manganês e ouro. Fotos: Carla Azevedo

O complexo mineral do Pará, principal motor das exportações estaduais, também figura entre os mais prejudicados. Produtos como minério de ferro, bauxita calcinada, cobre e ligas metálicas, que antes abasteciam diretamente indústrias nos EUA, agora enfrentam a dura realidade das novas tarifas.

Com o tarifaço, exportar para os Estados Unidos ficou inviável. Empresas tentam redirecionar cargas para a Europa e Ásia, mas isso exige tempo, logística e renegociação de contratos.

Emerson Rocha, diretor executivo do Sindicato das Indústrias Minerais do Estado do Pará (Simineral) informa que o setor acompanha atentamente o tema das tarifas adicionais impostas pelos EUA a produtos brasileiros.

“O setor mineral está compondo um grupo de estudos em conjunto com a Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Mineração e Energia -Sedeme e FIEPA para analisar tecnicamente os possíveis impactos à luz da realidade do setor produtivo paraense”, afirma.

Rocha dia ainda que o Simineral trabalha “com base na acuracidade de dados e evidências concretas, e se manifestará publicamente tão logo os estudos avancem e permitam uma posição fundamentada e alinhada aos interesses do setor e da economia regional”.

Enquanto isso, empresários e trabalhadores aguardam com apreensão os desdobramentos das próximas semanas. Com parte da produção represada e contratos suspensos, o desafio será encontrar novos destinos para a produção paraense – e evitar que a crise comercial se transforme em uma crise social.