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Tarifa social e R$ 15 bi em obras: Como a nova concessão vai transformar o saneamento no Pará

Certame realizado nesta sexta-feira (11), vai levar água e esgoto tratado para mais de 4,3 milhões de pessoas com investimento de R$ 15 bilhões

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Certame realizado nesta sexta-feira (11), vai levar água e esgoto tratado para mais de 4,3 milhões de pessoas com investimento de R$ 15 bilhões
Certame realizado nesta sexta-feira (11), vai levar água e esgoto tratado para mais de 4,3 milhões de pessoas com investimento de R$ 15 bilhões. Foto: Marco Santos/Ag. Pará

Nesta sexta-feira (11), o Governo do Pará divulgou a empresa vencedora da licitação que concederá os serviços regionais de água e esgotamento sanitário em 99 dos 144 municípios do estado. A sessão pública ocorreu na sede da B3, em São Paulo, com a presença do governador Helder Barbalho, do ministro das Cidades, Jader Filho, do presidente da Assembleia Legislativa, deputado Chicão, e outros parlamentares.

Aegea Saneamento venceu os blocos A, B e D da concessão, com uma oferta total de R$ 1,4 bilhão em outorga fixa.Os investimentos previstos superam R$ 15 bilhões, beneficiando mais de 4,3 milhões de pessoas, com metas de universalização do acesso à água até 2033 e esgotamento sanitário até 2039, conforme o Novo Marco Legal do Saneamento (Lei 14.026/2020).

Modelo regionalizado como solução para universalização

O governador Helder Barbalho destacou que a concessão regionalizada é a alternativa mais eficaz para garantir os investimentos necessários.

“Estruturou-se o projeto com o investimento como principal motivação. É o maior da história do Pará em saneamento, permitindo prazos realistas para universalização, geração de empregos e arrecadação nos municípios”, afirmou.

Nelson Barbosa Filho, diretor do BNDES, reforçou o impacto econômico e social:

“Estimamos que os três blocos concedidos gerarão R$ 15,2 bilhões em investimentos, criando empregos, renda e melhorando a qualidade de vida no estado.”

Divisão da Concessão e Impacto Financeiro

Divisão dos blocos e valores

Os municípios foram divididos em quatro blocos (A, B, C e D), com base em estudos do BNDES. A licitação priorizou a maior oferta de outorga, resultando na seguinte distribuição:

  • Bloco A (Belém, Ananindeua e Ilha do Marajó): R$ 1,17 bilhão
  • Bloco B (50 municípios do Nordeste): R$ 140 milhões
  • Bloco D (região Sudeste): R$ 117 milhões
  • Bloco C (Xingu e Baixo Amazonas): Será licitado posteriormente após novos estudos.

Tarifas Acessíveis e o Papel da Cosanpa

Compromisso com tarifas acessíveis e fiscalização

Cerca de 1,6 milhão de pessoas terão direito à tarifa social, com 50% de desconto para consumos de até 15 mil litros mensais – o maior percentual entre projetos já licitados no Brasil.

O governador também enfatizou o controle tarifário:

“O Estado garantirá que os recursos da outorga protejam o usuário, evitando aumentos abusivos e assegurando acesso justo aos serviços.”

Papel da Cosanpa e próximos passos

Companhia de Saneamento do Pará (Cosanpa) continuará produzindo água para mais de 2 milhões de pessoas na Grande Belém, enquanto a concessionária assumirá a distribuição e o tratamento de esgoto. A Cosanpa também modernizará suas estruturas, como o Complexo Bolonha, com novas bombas e sistemas de monitoramento.

O ministro Jader Filho reforçou o apoio federal:

“Saneamento é saúde. Continuaremos incentivando parcerias e investimentos via Caixa, BNDES e orçamento federal.”

Renato Medicis, vice-presidente da Aegea, celebrou a vitória:

“É uma honra contribuir com o avanço do saneamento no Brasil, levando eficiência, tecnologia e dignidade à população.”

Clayton Matos

Diretor de Redação

Clayton Matos é jornalista formado na Universidade Federal do Pará no curso de comunicação social com habilitação em jornalismo. Trabalha no DIÁRIO DO PARÁ desde 2000, iniciando como estagiário no caderno Bola, passando por outras editorias. Hoje é repórter, colunista de esportes, editor e diretor de redação.

Clayton Matos é jornalista formado na Universidade Federal do Pará no curso de comunicação social com habilitação em jornalismo. Trabalha no DIÁRIO DO PARÁ desde 2000, iniciando como estagiário no caderno Bola, passando por outras editorias. Hoje é repórter, colunista de esportes, editor e diretor de redação.