Pará

STF adia votação de ação que impede construção da Ferrogrão

STF adia votação de ação que impede construção da Ferrogrão STF adia votação de ação que impede construção da Ferrogrão STF adia votação de ação que impede construção da Ferrogrão STF adia votação de ação que impede construção da Ferrogrão
O Supremo Tribunal Federal (STF) adiou o julgamento da ação que suspendeu a construção da Ferrogrão (EF-170). Foto: Nelson Jr./SCO/STF
O Supremo Tribunal Federal (STF) adiou o julgamento da ação que suspendeu a construção da Ferrogrão (EF-170). Foto: Nelson Jr./SCO/STF

Luiza Mello

O Supremo Tribunal Federal (STF) adiou o julgamento da ação que suspendeu a construção da Ferrogrão (EF-170). A Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 6553, estava na pauta para ser julgada nesta quarta-feira, 31.

O texto da ação prevê a suspensão da eficácia da Lei 13.452/2017, originada do projeto de conversão da Medida Provisória (MP) 758/2016, que alterou os limites e excluiu cerca de 862 hectares do Parque Nacional do Jamanxim, no Pará.

A lei foi aprovada no governo de Jair Bolsonaro e abre caminho para que a ferrovia passe pela área preservada do Jamanxim.

Em 2021, o ministro Alexandre de Moraes, que é o relator da ação, suspendeu a eficácia da lei que alterou os limites e excluiu cerca de 862 hectares do Parque Nacional do Jamanxim. No voto, o ministro assinalou que a alteração territorial em unidade de conservação não poderia ter sido realizada por meio de medida provisória.

Na semana passada, a Advocacia-Geral da União (AGU) defendeu a derrubada da lei. O texto que define o desenho da Ferrogrão foi aprovado em 2019 pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).

A Ferrogrão é o projeto de uma ferrovia de 933 km que ligará Sinop (MT) até Miritituba, em Itaituba, no Pará, por meio do Arco Norte. Atualmente, o escoamento desse tipo de carga depende, em grande medida, da utilização dos portos do Sudeste e Sul.

O corredor ferroviário transportará, pelos seus 933 km de trilhos, soja, farelo de soja e milho, principalmente. A estimativa é de que sejam transportadas mais de 20 milhões de toneladas de cargas no início da operação, prevista para 2030, e de cerca 50 milhões de toneladas ao final do período de 69 anos de concessão.

O uso da ferrovia, em comparação à rodovia, causa menos impacto ambiental ao longo prazo. Uma das razões para isso é o fato de as ferrovias terem acessos físicos fixos que evitam os acessos por vias vicinais comuns às rodovias.