Os postos revendedores do Pará podem sofrer com um eventual desabastecimento de diesel. O alerta foi dado nesta quinta-feira, 10, pelo Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo, Gás Natural, Biocombustíveis e Lojas de Conveniência do Pará (Sindicombustíveis/PA), em nota distribuída à imprensa.
Segundo o Sindicato, a situação seria resultado de um conjunto de fatores que afetam diretamente a cadeia de suprimentos de combustíveis no País. Entre as razões apontadas está no centro da discussão a nova política de preços adotada pela Petrobras, que tem impactado as importações de diesel e provocando restrições e cancelamentos de pedidos por parte das companhias distribuidoras.
“A recente mudança na política gerou desestímulo às importações, afetando a disponibilidade de combustível no mercado interno, uma vez que a Petrobras não é autossuficiente na produção do combustível e grande parte é importado. Por isso, é necessário haver adequação entre mercado interno e externo, o que deixou de existir com a nova política de preços da Companhia. A dissonância entre os preços praticados pela Petrobras no Brasil e os preços vigentes no mercado internacional tem criado um ambiente desafiador para os postos, que enfrentam dificuldades em manter um abastecimento estável”, explicou.
Em entrevista à agência de notícias Reuters, a Petrobras informou que atendeu pedidos de fornecimento de diesel feitos pelas distribuidoras em agosto e as solicitações para setembro estão sendo negociadas no momento, de acordo com o diretor de Logística, Comercialização e Mercados da companhia, Claudio Schlosser. Ele refutou o risco de desabastecimento.
“Estamos em contato constante com as autoridades e com as distribuidoras para buscar alternativas que minimizem os efeitos dessa crise iminente. Reafirmamos nosso compromisso em assegurar o abastecimento de combustíveis de forma responsável e transparente, trabalhando incansavelmente para superar os desafios que se apresentam
e para isso contamos com a compreensão das empresas distribuidoras e órgãos de fiscalização do abastecimento”, finalizou o Sindicombustíveis.