Pará

Sinal Vermelho: farmácias adotam campanha contra a violência

Sinal Vermelho: farmácias adotam campanha contra a violência

Em um intervalo de 10 horas, a Divisão Especializada no Atendimento à Mulher (Deam), em Belém, atendeu e registrou 14 ocorrências de violência doméstica na última segunda-feira (23). São casos de agressões, descumprimento de medidas protetivas, importunação, assédio e ameaças.

O número é preocupante, pois reflete apenas uma parte do total de casos de violência contra a mulher na capital paraense. Não estão nestes dados, as ocorrências registradas nas delegacias de bairros, por exemplo.

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Para incentivar a mulher enfrentar a violência doméstica e denunciar o agressor, existe, desde julho de 2021, uma lei que criou o programa de cooperação Sinal Vermelho contra a Violência Doméstica, permitindo que farmácias e drogarias ajudem às vítimas deste crime. Basta riscar um “X” vermelho nas mãos e mostrar a um dos atendentes.     

No mês passado, uma mulher conseguiu denunciar o genro por violência, graças ao apoio que foi dado em uma farmácia na cidade de Santarém, no oeste do Pará. O suspeito agredia verbal e fisicamente a filha dela.

Ao tomar conhecimento da situação, a mãe mostrou o “X” a um dos funcionários do estabelecimento e foi acolhida. O atendente acionou a Polícia Militar pelo 190.

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O agressor foi preso em flagrante no local de trabalho. Foi o primeiro caso atendido dentro da campanha permanente Sinal Vermelho na cidade.

O caso segue na Justiça e os nomes das partes envolvidas não foram revelados. A juíza Carolina Maia, da Vara de Violência Doméstica de Santarém, arbitrou medidas cautelares e protetivas.

Farmácias e drogarias adotam o programa de cooperação “Sinal Vermelho contra a Violência Doméstica”.⁰Na ida ao estabelecimento, a mulher faz um X vermelho na mão e mostra ao atendente. pic.twitter.com/d1ZjN1zIjD

— Agência Pará (@govpara) August 22, 2022

O governo do Paráreforçou a divulgação da campanha permanente Sinal Vermelho. No Pará, qualquer pessoa pode denunciar situação de violência doméstica pelos números 190 e 180.