QUEM É O MASCOTE DA COP30?

Símbolo da natureza, Curupira representa luta contra o desmatamento

A gestão da COP30 confirmou oficialmente a escolha do curupira como mascote da Conferência Internacional que ocorrerá em Belém

Símbolo da natureza, Curupira representa luta contra o desmatamento Símbolo da natureza, Curupira representa luta contra o desmatamento Símbolo da natureza, Curupira representa luta contra o desmatamento Símbolo da natureza, Curupira representa luta contra o desmatamento
A gestão da COP30 confirmou oficialmente a escolha do curupira como mascote da Conferência Internacional que ocorrerá em Belém
A gestão da COP30 confirmou oficialmente a escolha do curupira como mascote da Conferência Internacional que ocorrerá em Belém

A gestão da COP30 confirmou oficialmente a escolha do curupira como mascote da Conferência Internacional que ocorrerá em Belém, no mês de novembro. A justificativa é que ele representa a cultura amazônica e a defesa do meio ambiente, além de simbolizar a conexão do homem com a natureza e a importância da proteção da fauna e flora. Mais do que um ser com os cabelos vermelhos e pés virados para trás, o curupira é um elemento da ancestralidade e religiosidade indígena.

Segundo a organização do evento, a primeira referência ao curupira na história brasileira foi feita pelo padre José de Anchieta, em 1560, em uma carta feita em São Vicente, no litoral de São Paulo, quando o jesuíta ouviu relatos sobre a entidade pelos indígenas. Para o historiador e cientista da religião, Márcio Neco, não é adequado reduzir a figura do ser a um elemento do folclore, pois se trata “de um elemento mitológico da cultura indígena”, que comunica a crença e a fé. 

A tradição oral conta que ele pune os caçadores que matam por prazer ou utilizam mais do que o necessário oferecido pela floresta. A artimanha para confundir os predadores é o pé virado para trás, fazendo com que eles fiquem “mundiados, termo indígena que quer dizer ‘confuso’, ou seja, ficavam dando voltas em círculos”, explica o historiador. Nos estudos sobre religiosidade, a palavra mito não significa mentira, mas uma maneira de compreender as divindades. A crença no curupira “serve para ensinar os pequenos, os curumins e as cunhatãs, a importância de preservar a floresta, os rios e todos esses elementos que compõem a fauna e a flora amazônica”, reforça. 

Segundo o  presidente da COP, André Corrêa do Lago, em carta à comunidade internacional, afirmou que as florestas serão um “tópico central” nas discussões do evento. “A figura do curupira não é somente de um mascote, mas também é reflexiva, pois ainda precisamos de muitos curupiras para defender as florestas de grileiros, posseiros, desmatadores, exploradores e garimpeiros”, finaliza Márcio Neco.

A 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas de 2025 (COP30), ocorrerá de 10 a 21 de novembro, em Belém, e contará com a presença de chefes de Estado, ministros, diplomatas, representantes da ONU, cientistas, líderes empresariais, ONGs, ativistas e outros membros da sociedade civil de mais de 190 países.