Pará

Servidores de hospitais fazem protesto por reajuste salarial

Servidores dizem que já fizeram mais de 20 rodadas de negociação e por isso decidiram protestar. FOTO: CELSO RODRIGUES
Servidores dizem que já fizeram mais de 20 rodadas de negociação e por isso decidiram protestar. FOTO: CELSO RODRIGUES
Servidores dizem que já fizeram mais de 20 rodadas de negociação e por isso decidiram protestar. FOTO: CELSO RODRIGUES

Pryscila Soares

Servidores dos hospitais universitários João de Barros Barreto e Bettina Ferro de Souza, que integram o Complexo Hospitalar da Universidade Federal do Pará (UFPA) e são geridos pela Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), realizaram um protesto ontem de manhã (27), em frente ao Barros Barreto, no bairro do Guamá, em Belém. A categoria está em greve desde o último dia 21, tendo como principal reivindicação o reajuste salarial, que não
é concedido desde 2020.

Em cumprimento à determinação do Tribunal Superior do Trabalho (TST), os trabalhadores estão mantendo o percentual mínimo do quadro funcional em atividade, em seus respectivos locais de trabalho, sendo 50% na área administrativa e 60% nas áreas médica e assistencial, conforme ressaltou o enfermeiro e servidor do Hospital João de Barros Barreto, Weverson Alves dos Santos, 42 anos, membro da diretoria do Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público Federal no Estado do Pará (SINTSEP) e da organização do comando de greve.

A Ebserh é responsável pela administração de cerca de 40 hospitais universitários em todo o Brasil, reunindo mais de 50 mil profissionais, que aderiram ao movimento paredista por unanimidade. “Deflagramos a greve e a reivindicação é por melhores condições de trabalho, para prestar uma melhor assistência à população, e temos também o arrocho salarial. Estamos há três anos sem avanço nas negociações do acordo coletivo. Já fizemos mais de 20 rodadas de negociação e toda vez a Ebserh propõe que o trabalhador abra mão dos seus direitos já adquiridos em prol do aumento, que é muito abaixo da inflação”,
esclareceu o grevista.

Segundo Weverson, o ato foi promovido nacionalmente com o objetivo de pressionar o judiciário para dar celeridade ao processo de dissídio coletivo, que está no TST. “O dissídio coletivo está parado no TST. Então, esse movimento vem para dar celeridade a esse processo. Desde o dia 21 o TST chamou as partes para se manifestarem e deu cinco dias úteis (de prazo), que acabou na segunda-feira (26). E agora estamos aguardando o TST analisar a manifestação tanto da Ebserh quanto das entidades sindicais”, informou.

INSALUBRIDADE

Além do reajuste salarial, alguns setores também cobram o pagamento do adicional de insalubridade. “A reivindicação é principalmente pela questão do reajuste salarial, que por lei deveria ocorrer anualmente e desde 2020 não houve esse reajuste. Também há outras condições que, justamente no período da pandemia, alguns setores sofreram com o corte do adicional de insalubridade. É também uma reivindicação”, acrescentou a assessora jurídica do sindicato, Zarah Trindade.