A Secretaria de Estado de Educação do Pará (Seduc) se manifestou sobre os acontecimentos da manhã desta terça-feira (14), quando lideranças indígenas, sem agendamento prévio, arrombaram o portão da sede da pasta às 7h37, antes do horário de expediente. O ato, que contou com a presença de lideranças do PSOL, foi motivado pela alegação de que o Sistema de Organização Modular de Ensino (Some) seria descontinuado.
Em nota oficial, a Seduc destacou que repudia qualquer forma de violência e desmentiu as informações de que o Some será encerrado. A Secretaria esclareceu que o programa continuará atendendo as áreas de difícil acesso e, inclusive, paga até R$ 27 mil para professores que atuam em locais remotos, com uma média de R$ 23,9 mil para os docentes do Some.
A Seduc também lembrou que o governo estadual oferece o segundo maior salário inicial para professores do Brasil, de R$ 8.289,89, além de um vale-alimentação de R$ 1,5 mil. De acordo com dados do Inep, autarquia vinculada ao Ministério da Educação, o salário médio pago no Pará aos professores é o mais alto do país, atingindo R$ 11.447,48, o que representa 250% a mais do que o piso salarial nacional.
A Polícia Militar do Pará também se posicionou, informando que o grupo de indígenas, liderado por uma figura política, foi responsável pelo arrombamento do portão de acesso à Seduc. A PM afirmou que não houve confronto com os manifestantes, mas que aqueles responsáveis pelo dano ao patrimônio público serão devidamente responsabilizados. Até o momento, os manifestantes permanecem ocupando a sede da Secretaria, localizada na avenida Augusto Montenegro, em Belém.
Veja abaixo o momento em que os manifestantes arrancaram o portão da entrada da Seduc.