CHEGADAS E PARTIDAS

Santa Catarina, Goiás e Maranhão lideram destino de migrantes paraenses

Entre 2017 e 2022, 249.424 pessoas deixaram o Pará rumo a outros estados, enquanto 155.327 migraram para o estado

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Entre 2017 e 2022, 249.424 pessoas deixaram o Pará rumo a outros estados, enquanto 155.327 migraram para o estado
Entre 2017 e 2022, 249.424 pessoas deixaram o Pará rumo a outros estados, enquanto 155.327 migraram para o estado

O Pará é o estado da Região Norte com o maior número absoluto de moradores vindos de outras unidades da federação: 1.083.956 pessoas nasceram em outros estados e passaram a viver em solo paraense. Ainda assim, os dados do Censo Demográfico 2022, divulgados nesta quinta-feira (27) pelo IBGE, mostram que o estado lidera negativamente o saldo migratório da região nos últimos cinco anos.

Entre 2017 e 2022, 249.424 pessoas deixaram o Pará rumo a outros estados, enquanto 155.327 migraram para o estado, resultando em um saldo negativo de -94.097 pessoas. Esse foi o quarto pior saldo migratório do Brasil, atrás apenas de Rio de Janeiro (-165.360), Maranhão (-129.228) e Distrito Federal (-99.593).

🌎 Para onde vão os que saem do Pará?

Os principais destinos das pessoas que deixaram o estado no quinquênio analisado foram:

  • Santa Catarina: 44.901 pessoas
  • Goiás: 35.382 pessoas
  • Maranhão: 27.154 pessoas

As cidades que mais receberam esses migrantes foram:

  1. Goiânia (GO) – 11.732 pessoas
  2. Joinville (SC) – 7.787 pessoas
  3. Blumenau (SC) – 4.810 pessoas
  4. Anápolis (GO) – 4.632 pessoas
  5. Florianópolis (SC) – 3.659 pessoas

Esses dados apontam para uma movimentação significativa em direção a polos industriais e urbanos do Sul e Centro-Oeste, em busca de oportunidades de trabalho e qualidade de vida.

🏙️ Cidades paraenses que mais recebem migrantes

Apesar das perdas migratórias, o Pará segue como um estado que também atrai população, sobretudo em áreas de crescimento econômico. Os municípios que mais receberam migrantes de outros estados foram:

  1. Parauapebas – 19.677 pessoas, principalmente do Maranhão (11.254)
  2. Belém – 17.775 pessoas, vindas do Rio de Janeiro, São Paulo e Amapá
  3. Santarém – 8.226 pessoas, com destaque para migrantes do Amazonas
  4. Canaã dos Carajás – 8.226 pessoas, sendo grande parte oriunda do Maranhão

Essas cidades, muitas delas ligadas ao setor mineral e à economia urbana, se tornaram polos de atração populacional dentro e fora do estado.

🔄 Migração interna: mobilidade dentro do Pará

Dentro do próprio território paraense, a mobilidade populacional também foi intensa. As cidades que mais receberam moradores de outros municípios do estado entre 2017 e 2022 foram:

  • Belém – 27.127 pessoas
  • Ananindeua – 26.959 pessoas
  • Parauapebas – 19.934 pessoas
  • Canaã dos Carajás – 10.943 pessoas

Esse movimento interno reforça a concentração urbana e a busca por oportunidades econômicas nas regiões metropolitanas e de mineração.

🌍 Migração internacional: venezuelanos lideram chegada ao Pará

O Pará também recebeu 6.101 imigrantes internacionais nos cinco anos anteriores ao Censo. A maior parte desse grupo vivia na Venezuela (1.717 pessoas) e Colômbia (762 pessoas) antes de se instalar no estado. É importante lembrar que os dados se referem ao local de residência anterior, e não necessariamente à nacionalidade dos migrantes.

Os municípios paraenses que mais receberam estrangeiros foram:

  1. Belém – 1.632 pessoas (Portugal, Colômbia e Venezuela)
  2. Santarém – 714 pessoas (principalmente venezuelanos)
  3. Ananindeua – 458 pessoas (vindos do Suriname, Colômbia e Venezuela)

Municípios como Dom Eliseu e Itaituba também registraram presenças relevantes de migrantes venezuelanos.

Clayton Matos

Diretor de Redação

Clayton Matos é jornalista formado na Universidade Federal do Pará no curso de comunicação social com habilitação em jornalismo. Trabalha no DIÁRIO DO PARÁ desde 2000, iniciando como estagiário no caderno Bola, passando por outras editorias. Hoje é repórter, colunista de esportes, editor e diretor de redação.

Clayton Matos é jornalista formado na Universidade Federal do Pará no curso de comunicação social com habilitação em jornalismo. Trabalha no DIÁRIO DO PARÁ desde 2000, iniciando como estagiário no caderno Bola, passando por outras editorias. Hoje é repórter, colunista de esportes, editor e diretor de redação.