Ana Laura Costa
Abundante na região Norte, a castanha-do-pará faz parte do grupo das oleaginosas, conhecido por proporcionar diversos benefícios ao organismo. No caso da castanha-do-pará, a oleaginosa é rica em selênio, vitaminas A, B e E, zinco e ômega 3, e dessa forma, combate o envelhecimento precoce, ajuda a melhorar o aspecto da pele e a fortalecer as unhas e cabelos.
Mas seus benefícios vão para além destes, o nutricionista e especialista em nutrição clínica e oncológica, Leandro Leal, explica que o alimento pode prevenir alguns tipos de câncer por conter alto teor de selênio, vitamina E, e flavonoides – que apresentam atividades farmacológicas importantes para o organismo como: antioxidante, antiviral, antitumoral, anti-inflamatória e hormonal.
“Esses compostos têm uma ação antioxidante e isso vai evitar os danos causados pelos radicais livres nas nossas células, além de aumentar a função do sistema imunológico e principalmente nessa questão de correção de danos celulares. Então, o consumo diário dentro dessas recomendações vai minimizar essas possíveis alterações celulares, diminuindo as chances de alguns tipos de câncer, como câncer de mama, de pulmão, de próstata e até mesmo o cólon”, explica.
Mas para aproveitar todos os nutrientes e benefícios que a castanha-do-pará pode oferecer, é necessário estar atento à melhor forma de consumi-la. O nutricionista destaca que, in natura, ou seja, sem adição de óleo ou sal, que pode ser encontrada facilmente nas feiras de Belém, sem nenhum tipo de processamento, é o ideal. Além disso, Leal também destaca que, para o consumo diário, a recomendação é que seja em torno de 70 calorias, aproximadamente duas unidades por dia.
“Isso também está relacionado à quantidade de selênio que a castanha-do-pará tem na sua composição e, acima desse consumo diário de duas unidades por dia, esse selênio, por ser um alto teor, pode acabar se tornando nocivo para a nossa saúde”, frisa.
VER-O-PESO
Da forma correta de consumo do alimento, o vendedor de castanha-do-pará, dos mais variados tipos, Jonas Lopes, 30, entende bem. “Não pode exagerar no consumo, não pode. Trabalho há mais de 16 anos aqui e consumo duas por dia. Isso previne câncer, é bom para a memória… A gente tem que saber também para o que ela serve para poder explicar para consumidores”, destaca.
Do município de Altamira mas a passeio em Belém, a família de Ivone Maria Rodrigues, 53 anos, parou numa banca de vendas de castanha-do-pará para analisar os preços. “Antes de irmos vamos passar por aqui de novo para levar, a gente gosta muito! Faz bem para saúde, né? Rejuvenesce! Como convivo com médicos, eles sempre estão falando o quanto faz bem, então, sempre que tem a gente come de manhã e à tarde”, disse.