
Em Belém, uma importante obra de preservação do patrimônio histórico está perto de ser concluída: a capela centenária da Santa Casa de Misericórdia do Pará, datada de cerca de 1900, entra agora na fase final de restauração.
Localizada no complexo centenário da instituição, a capela esteve fechada desde os anos 1990 e agora será entregue até o final de outubro de 2025.
O espaço reformado possui aproximadamente 375 m² e capacidade para cerca de 80 pessoas, além de abrigar acervo sacro que remonta aos séculos XIX e XX.
Detalhes da intervenção
O investimento ultrapassa R$ 3,5 milhões, valor destinado à restauração completa da capela, com destaque para a manutenção da arquitetura original e adaptação para uso atual.
As intervenções envolveram: cobertura nova com telhas termo-acústicas; forro em estuque com medalhões decorativos; piso em ladrilho hidráulico seguindo a paginação original; paredes em escaiola marmorizada; altares em mármore; colunas restauradas e coroamento em massa; nichos com medalhões.
Também foram instalados bancos novos, obedecendo normas de ergonomia, e sistema de climatização por insuflação dutada. Todas as peças de arte sacra passaram por tratamento especializado para recuperação das características do final do século XIX.

A relevância para o patrimônio e para a comunidade
A capela representa não apenas um espaço de culto, mas também um símbolo arquitetônico da Belém de fins do século XIX, construída num período em que o estilo eclético predominava na região.
Com a restauração, a Santa Casa volta a abrir o ambiente para a comunidade: haverá duas entradas — uma interna, para pacientes, acompanhantes e servidores; outra externa, voltada ao público que acompanha as celebrações litúrgicas.
Próximos passos
Com a entrega prevista para este mês, resta apenas ajustar acabamentos finais e os sistemas instalados para uso pleno. A expectativa é que, uma vez entregue, o local reabra para missas e eventos, além de integrar visitas guiadas e atividades culturais, reforçando o vínculo entre saúde, história e cidadania.
Editado por Clayton Matos