Diego Monteiro
Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia no Pará (Inmet/PA), a previsão é que os próximos sete dias sejam de chuva intensa em Belém e no nordeste do Estado, com pouca presença de descargas elétricas e trovoadas. Até o final do mês, o Inmet/PA considera que o volume de água pode chegar a 250 milímetros, ou seja, 63% do previsto para janeiro, algo em torno de 390 milímetros.
A quantidade de chuva que caiu nos últimos dias mudou até a paisagem da cidade, que amanheceu com o tempo fechado e muitos passaram a adotar o guarda-chuva como companheiro. A temperatura chegou a registrar 23 graus nas primeiras horas de ontem, bem abaixo do que a população está acostumada no dia a dia, obrigando o uso de roupas mais pesadas.
Nas redes sociais, a neblina que cobriu a capital paraense no início da manhã foi registrada por moradores de várias regiões de Belém. Apesar de muitos preferirem o calor que está acostumado, o clima agradou muita parte dos paraenses. “Estou me sentindo em Nova York com esse frio. Nada melhor do que o meu lençol e um café bem quentinho”, diziam algumas publicações.
“Considerar que o clima é equivalente a de montanha”, considerou o meteorologista José Raimundo, que também é diretor do Inmet/PA. “Nossos instrumentos apontam que o tempo deve repetir o que foi apresentado nos últimos dias: céu nublado com a iminência de chuva a qualquer horário. A justificativa é a grande quantidade de nuvens carregadas que estão sobre a metrópole e as regiões litorâneas”, afirmou.
Para o meteorologista, o mês de janeiro está atípico diante do histórico dos anos anteriores. “Estamos em uma zona de convergência intertropical, que é uma faixa de nuvens formadas e normalmente está associada a tempestades severas, que podem passar de 24 a 48 horas ininterruptas. Pode dar uma acalmada, mas sempre cai um pouco de água”, completou.
PREVISÃO
Até o final do mês de janeiro, a previsão é de chuvas intensas em alguns dias, principalmente nos bairros do Coqueiro, Entroncamento, Marco, Pedreira, Guamá, Reduto, além das Regiões Metropolitanas de Belém, como Ananindeua, Castanhal, entre outros. Já na parte litorânea, entram na lista os municípios de Vigia, Salinas, Marudá e Colares.
Outro detalhe são os horários de maior intensidade. “Segue o que já conhecemos, geralmente na virada da manhã para tarde. Em alguns dias pode ser no início da noite. Mas é importante ficar atendo para as madrugadas, com durações que podem entrar pela manhã, como foi o caso de ontem [quinta-feira]. Até então, acredito que no início de fevereiro o desague dê uma trégua”, concluiu José Raimundo Abreu.