DENÚNCIA

Pronto-Socorro de Ananindeua segue fechado e população sofre

Na manhã do domingo (20), o repórter da RBA TV Paulo Cidadão visitou o local e acompanhou a movimentação por uma hora. Nenhum paciente chegou para atendimento.

Reprodução/RBATV
Reprodução/RBATV

Ananindeua e Pará - A saúde pública em Ananindeua enfrenta uma grave crise. Mesmo um ano após a inauguração do Pronto-Socorro Municipal, localizado na Rodovia Mário Covas, a unidade permanece sem atendimento aberto ao público. Moradores denunciam o abandono da estrutura que deveria ser referência para casos de urgência e emergência.

Na manhã do domingo (20), o repórter da RBA TV Paulo Cidadão visitou o local e acompanhou a movimentação por uma hora. Nenhum paciente chegou para atendimento. Ao tentar obter informações com funcionários, encontrou resistência e um clima de intimidação. Um servidor, que preferiu não se identificar, confirmou que a diretora da unidade estava ausente e que não havia atendimento para a população.

Além do pronto-socorro fechado, outras unidades municipais importantes, como o Hospital Anita Gerosa e o Centro Especializado em Hemodiálise (CEHMO), tiveram seus atendimentos suspensos pela Prefeitura de Ananindeua.

A situação se agrava com denúncias de suspeita de desvios milionários de verbas públicas que envolvem o prefeito Daniel Santos. As investigações policiais seguem em andamento para apurar possíveis irregularidades na aplicação dos recursos da saúde e enriquecimento ilícito do gestor nos últimos 10 anos.

Moradores que vivem próximos ao prédio do pronto-socorro afirmam que o local raramente registra movimentação de pacientes. Veja!

Segundo as diretrizes do SUS (Sistema Único de Saúde), unidades de pronto atendimento devem garantir o primeiro atendimento a pacientes em situação de urgência, oferecer estabilização clínica e, quando necessário, encaminhar para hospitais de maior complexidade. Em Ananindeua, essas normas parecem estar sendo ignoradas.

Crise que se arrasta: denúncias antigas reforçam o problema

Em 26 de março, o vereador Flávio Nobre (MDB) publicou um vídeo mostrando corredores e consultórios do pronto-socorro completamente vazios, enquanto outras unidades da cidade enfrentam superlotação. O vídeo viralizou nas redes sociais e reforçou as denúncias de que a unidade permanece sem cumprir sua função social.