AMAZÔNIA

Projeto da Embrapa sobre cultivo do açaí terá emendas do senador Jader

O açaí é considerado um produto da sociobiodiversidade e se destaca como uma importante fonte de renda para as comunidades locais.

O açaí é considerado um produto da sociobiodiversidade e se destaca como uma importante fonte de renda para as comunidades locais.
O açaí é considerado um produto da sociobiodiversidade e se destaca como uma importante fonte de renda para as comunidades locais.

O senador Jader Barbalho recebeu do presidente da Embrapa Amazônia Oriental, Walkymário Lemos, o portfólio com diversas tecnologias, serviços, produtos e experiências inovadoras que a empresa desenvolve na região Norte, em especial no Estado do Pará. Entre os projetos sobre o cultivo do açaí, estão incluídas técnicas que projetam o aumento da produtividade, a ampliação do período da safra, a redução do esforço físico do coletor, e o aumento da segurança na coleta dos cachos.

Esses projetos estão sendo desenvolvidos no Marajó, junto à populações ribeirinhas, com a prática de cultivo de açaí desenvolvido para terra firme, com suplementação hídrica e o manejo de mínimo impacto de açaizais nativos.

Para o senador Jader Barbalho (MDB), a Embrapa tem enorme importância socioeconômica, pois ajudou e continua ajudando o Brasil a ser autossuficiente na produção de alimentos. “Além disso, é uma empresa respeitada internacionalmente pela excelência científica em pesquisas agropecuárias e tem o desafio constante de garantir ao Brasil segurança alimentar e posição de destaque no mercado internacional de alimentos, fibras e energia”, destaca o senador.

O açaí é considerado um produto da sociobiodiversidade e se destaca como uma importante fonte de renda para as comunidades locais. “Sua produção, aliada à preservação da floresta, configura-se como um caminho promissor para o desenvolvimento sustentável da região”, avalia o senador Jader.

Os projetos de manejo entregues ao senador pela Embrapa apresentam mínimo impacto, especialmente em áreas de populações ribeirinhas e podem gerar benefícios significativos para as comunidades extrativistas de maneira a desenvolver essas regiões de maneira simples e sem grande investimento.

No Marajó, estão sendo implantados centros de referência em manejo de açaizais (Manejaí), onde são conduzidas ações que envolvem o acesso a tecnologias e boas práticas de produção, fortalecimento da extensão, organização social, acesso ao crédito, organização produtiva, rastreabilidade, certificação orgânica, inclusão digital e acesso à mercados.

Jader Barbalho ressalta que o conjunto de ações contribui para o fortalecimento da bioeconomia no território, com a oferta de produtos e serviços ecossistêmicos de forma sustentável, com valor agregado e competitividade de mercado. “É uma inovação social, uma experiência que, além de fortalecer as cadeias produtivas, contribui com a redução do desmatamento, conservação da biodiversidade e com a mitigação das mudanças climáticas” , opina.

O senador informou que pretende apresentar emendas parlamentares para contribuir com a carteira de projetos desenvolvidos pela Embrapa. Em 2022, o senador já havia encaminhado  ao chefe geral da Embrapa Amazônia Oriental, Walkymário Lemos, um ofício cumprimentando a empresa pelas ações desenvolvidas no Pará. No mesmo ano, ele destinou duas emendas no valor de R$ 250 mil cada para a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) promover a transferência de tecnologia do sistema de tratamento de esgoto rural nos municípios de Floresta do Araguaia e São Domingos do Araguaia.

“É nosso papel, como representantes de um Estado com tanto potencial agrícola, contribuirmos para que a Embrapa chegue cada vez mais próxima das atividades produtivas no campo em todo o território paraense, tendo em mente, sempre, a preservação como foco”, disse o senador

Apesar do potencial da bioeconomia, especialmente na produção de açaí, a região Norte ainda registra baixos índices de desenvolvimento humano (IDH), o que evidencia a necessidade de investimentos em infraestrutura, educação, assistência técnica e crédito rural para que as comunidades possam aproveitar todo o potencial do açaí.