DE GRAÇA

Projeto Carroceiro leva atendimento veterinário à Ilha de Maiandeua

A nova etapa do projeto foi motivada por uma solicitação do Ministério Público de Maracanã e da Secretaria Municipal de Meio Ambiente.

Foto: Arquivo - Wagner Santana/Diário do Pará.
Foto- Arquivo - Wagner Santana/Diário do Pará.

Nos dias 22 e 23 de maio, o Projeto Carroceiro, da Universidade Federal Rural da Amazônia (Ufra), realizará sua 27ª ação itinerante com destino à Ilha de Maiandeua, no município de Maracanã, no nordeste do Pará. A iniciativa oferece atendimento gratuito a animais utilizados no transporte por tração, como cavalos, burros e jumentos, e desta vez, irá contemplar as vilas de Fortalezinha, Camboinha e Nazaré.

A equipe, composta por médicos veterinários e bolsistas da universidade, vai realizar atendimentos clínicos, controle de ectoparasitas, vermifugação, curativos e microchipagem dos animais, além de fornecer orientações técnicas aos tutores. A ação ocorrerá na praia de Fortalezinha, na quinta-feira (22), das 14h às 16h, e na sexta-feira (23), das 8h às 12h.

A Ilha de Maiandeua integra uma Área de Proteção Ambiental (APA) onde é proibido o uso de veículos automotores terrestres. Nesse cenário, as charretes se tornaram um dos principais meios de transporte, especialmente nas vilas da região. A mais conhecida delas, Algodoal, já recebeu diversas ações do projeto. No entanto, o aumento do turismo em outras localidades gerou novas demandas.

“Realizamos esse trabalho em Algodoal há dez anos. Antigamente o uso de animais se concentrava ali, mas com o crescimento do turismo, animais passaram a ser utilizados também nas outras vilas. Com isso, ampliam-se tanto os serviços quanto os problemas”, explica o coordenador do Projeto Carroceiro, professor Djacy Ribeiro.

A nova etapa do projeto foi motivada por uma solicitação do Ministério Público de Maracanã e da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, após denúncias sobre as condições dos animais nas vilas que serão atendidas.

Novas Demandas e a Situação em Fortalezinha

“Recebemos a solicitação para que fizéssemos tanto o atendimento veterinário quanto ações de conscientização junto à população e aos charreteiros. A situação dos animais é muito precária. Estão surgindo novos pontos turísticos, especialmente em Fortalezinha, e os animais estão sendo deslocados para lá sem os cuidados necessários”, alerta Djacy Ribeiro.