Pará

Presidente do Sindicato Rural de Marabá é suspeito de financiar atentado em Brasília

Em Marabá, o alvo foi Ricardo Guimarães de Queiroz, presidente do Sindicato Rural de Marabá, preso em flagrante após armas serem encontradas na residência do pecuarista
Em Marabá, o alvo foi Ricardo Guimarães de Queiroz, presidente do Sindicato Rural de Marabá, preso em flagrante após armas serem encontradas na residência do pecuarista

A Polícia Federal deflagrou, nesta quinta-feira, 6, em Brasília (DF), a operação Embarque Negado, que visa apurar possíveis financiadores dos atos de invasão ao Aeroporto Internacional Juscelino Kubitschek, em Brasília, ocorrido em dezembro de 2022, bem como uma possível conexão probatória com os envolvidos na tentativa de atentando à bomba nas proximidades do mesmo Aeroporto, também ocorrido em dezembro do ano passado.

A ação cumpre seis mandados de busca e apreensão em três Unidades da Federação: um em Marabá, um em Água Boa (MT) e quatro no Distrito Federal.

Em Marabá, o alvo foi Ricardo Guimarães de Queiroz, presidente do Sindicato Rural de Marabá, preso em flagrante após armas serem encontradas na residência do pecuarista. Inicialmente, apenas um mandado de busca e apreensão seria cumprido na casa do sindicalista em Marabá. No final da manhã, o sindicalista pagou fiança e foi liberado.

Os envolvidos estão sendo investigados pelos crimes de atentado contra a segurança de transporte marítimo, fluvial ou aéreo, crime de atentado contra a segurança de serviço de utilidade pública e associação criminosa – todos previstos no código penal.

PARAENSE CONDENADO

A Justiça do Distrito Federal condenou em maio deste ano dois acusados de participar da tentativa de explosão de uma bomba perto do Aeroporto Internacional de Brasília na véspera do Natal de 2022. Com a decisão, eles vão continuar presos.Na sentença, o juiz Osvaldo Tovani condenou o empresário George Washington de Oliveira Sousa a nove anos e quatro meses de prisão. Alan Diego dos Santos Rodrigues foi condenado a cinco anos e quatro meses.  As condutas envolvem os crimes de explosão, causar incêndio e posse arma de fogo sem autorização.

De acordo com a Polícia Civil do Distrito Federal, ao ser detido, George Washington admitiu ter colocado a bomba junto ao caminhão-tanque cheio de combustível que estava parado em uma via de acesso ao aeroporto. FOTO: DIVULGAÇÃO / PCDF

Na decisão, o magistrado entendeu que George Washington, que é paraense, premeditou o crime e afirmou que os dois acusados se conheceram no acampamento montado por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro em frente ao quartel do Exército em Brasília.

“O acusado e o corréu se conheceram em Brasília, no acampamento montado em frente ao QG do Exército. Ao que consta, as emulsões explosivas vieram do Pará, a pedido do acusado, que realizou pesquisas na internet sobre como montar o artefato e fez a montagem”, escreveu o juiz.