O presidente da França, Emannuel Macron, virá ao Brasil em março e a agenda inclui uma vinda ao Pará, no dia 26. Macron deverá ser recepcionado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) primeiramente em Brasília e pelo governador do Pará, Helder Barbalho, em Belém. A capital será sede da Conferência do Clima da ONU (Organização das Nações Unidas) em 2025 e será realizada pela 1ª vez na Amazônia.
No último sábado, 24, o governador do Pará recebeu o embaixador francês no Brasil, Emmanuel Lenain, para avaliarem detalhes da agenda do presidente da França. Segundo o governador, no encontro haverá a assinatura de um termo de cooperação em torno da bioeconomia e da Amazônia. Depois de Belém, Macron deve ir para o Rio de Janeiro e para Brasília, sempre acompanhado de Lula.
FUNDO AMAZÔNIA
Em dezembro de 2023, o presidente da França afirmou que irá repassar 500 milhões de euros – cerca de R$ 2,68 bilhões – para preservação da Amazônia nos próximos três anos. Macron deu a declaração em uma postagem no X (antigo Twitter).
“Com o Brasil, estamos determinados a preservar as florestas. Nos próximos três anos, a França dedicará 500 milhões de euros à sua preservação”, disse Macron. A declaração veio acompanhada de uma foto dele com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva em uma reunião bilateral na Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas de 2023 (COP28), nos Emirados Árabes.
O anúncio foi feito horas depois de Macron ter criticado o acordo Mercosul União Europeia, que chamou de “incoerente” e em relação ao qual disse ser “totalmente contra”. Ele afirma que o acordo, que vem sendo negociado há décadas, está sendo “mal remendado” na tentativa de ser fechado.
“[O acordo] não leva em conta a biodiversidade e o clima dentro dele. É um acordo comercial antiquado e que desfaz tarifas”, acrescentou.
Pouco após a fala, que ocorreu em seguida a uma reunião bilateral, o presidente Lula disse que seu homólogo francês tem o direito de se opor. “A França sempre foi um país mais duro para se fazer acordos, porque a França é mais protecionista”, afirmou Lula.