Pará

Preços da farinha não para de subir. Veja os reajustes

Preços da farinha não para de subir. Veja os reajustes Preços da farinha não para de subir. Veja os reajustes Preços da farinha não para de subir. Veja os reajustes Preços da farinha não para de subir. Veja os reajustes
No comparativo de preços em 2023, o kg da farinha de mandioca acumulou alta de 19,43%
No comparativo de preços em 2023, o kg da farinha de mandioca acumulou alta de 19,43%

Além do combustível, do leite e da carne bovina, os paraenses também sentem o bolso pesar na compra de outros alimentos bastante consumidos, a farinha de mandioca e o arroz. E até os produtos de limpeza subiram.

Segundo pesquisas do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese/PA), o preço do quilo da farinha de mandioca comercializada em feiras livres e supermercados de Belém continua caro, mesmo com a estabilidade de valores verificada este ano.

A trajetória de preços do quilo da farinha nos últimos 12 meses não foi uniforme e teve a seguinte disposição: em julho de 2021, o quilo do produto custava em média R$ 7,16 e encerrou o ano passado a R$ 7,23. No início deste ano caiu para R$ 7,07. Em maio deste ano foi vendido a R$ 7,21. Um mês depois chegou a R$ 7,22 e em julho saltou para R$ 7,26.

Com isso, no mês passado, o preço do quilo da farinha apresentou uma pequena alta de 0,55% em relação ao preço médio verificado no mês anterior. Entretanto, nos sete primeiros meses deste ano, o produto apresentou alta de 0,41%. Já nos últimos 12 meses houve reajuste acumulado de preço de 1,40%.

O Pará continua sendo um dos maiores produtores da mandioca, um dos principais ingredientes na fabricação da farinha. Nos últimos anos, segundo o Dieese/PA, o quilo do produto ficou muito caro.

As causas desses aumentos no preço da farinha e de outros produtos básicos na mesa dos paraenses são muitos e passam por uma série de fatores estruturais dentro da cadeia produtiva até a comercialização. A maior quantidade da farinha consumida na Grande Belém vem de municípios próximos da capital como Castanhal, Capanema e Bonito. Porém, mais da metade da produção é artesanal.

RECLAMAÇÕES

Na Feira da Pedreira, consumidores e vendedores percebem o aumento no preço do produto. “Consumo bastante farinha em casa como bom paraense. Eu gosto de uma especial que ela tem, feita com macaxeira. Estava sendo vendida por R$ 10 o litro e a vendedora acabou de me informar que teve reajuste, agora está R$ 12. Mas continuo comprando por gostar demais do produto em minhas refeições junto a minha família”, contou Marco Antônio, 55, bombeiro militar.

Izanildo Tavares, 45, açougueiro, consome bastante farinha em casa. “Estou acompanhando o aumento, mas espero sempre ter meu dinheirinho para comprar. Eu gosto da farinha ‘biscoito’, só agora comprei cinco quilos e gastei R$ 40. Só dá para três dias em casa essa farinha”, revelou.

A vendedora Bethânia Almeida, 46, que trabalha com farinha há 26 anos na Pedreira, tenta segurar os valores para não perder a freguesia. “Estou tentando equilibrar a situação. A farinha que comercializo vem de vários lugares, como Bragança e Irituia. Aqui na feira vendemos o litro, tenho de vários valores. O bom é que os fregueses conhecem a qualidade da nossa farinha e não param de comprar.”

Segundo ela, isso tem ocorrido porque a mandioca está em falta no mercado. “Toda a semana está tendo reajuste no valor das sacas de farinha, está faltando mandioca, não tem para os produtores e isso faz aumentar o preço”, encerrou.