Wesley Costa
Os vírus que causam doenças respiratórias continuam circulando e as chances de infecção são grandes. Com a chegada do tempo chuvoso na Região Metropolitana de Belém (RMB) e demais localidades do estado, a população deve ficar atenta e utilizar os meios necessários para se proteger, principalmente, contra a Covid-19 e a Influenza (gripe). O uso de máscaras e a atualização da carteira de vacinação, por exemplo, são indispensáveis neste combate.
Como forma de proteger a população, as vacinas contra as duas doenças continuam disponíveis nas Unidades Básicas de Saúde (UBS). Em Belém, a UBS de Fátima registrou grande movimento nesta última quinta-feira (28) do ano. Muitas pessoas buscaram o serviço pensando na segurança durante as festas de réveillon, que costumam acontecer com bastante aglomeração.
Waldir Cardoso, 66, foi até a unidade garantir o reforço da bivalente contra a Covid-19. Ele que vai passar o réveillon em família em Mosqueiro, diz que não dá para facilitar com a saúde. “É uma época que, por mais que você esteja em casa, a ilha recebe muitos visitantes de fora. Então, não tem como saber quem se vacinou ou não. Por isso, é bom ficar com a carteira em dia”, diz.
A aposentada Rosângela Monteiro, 68, também fez o reforço contra o vírus da covid. “Pra gente, que somos idosos, as vacinas são extremamente importantes. Pois são elas que vão ajudar a não ficar em estados graves, caso ocorra uma infecção”, lembrou. “Por isso, eu mantenho sempre a minha vacinação em dia e já tomei até a minha vacina contra a gripe, completando a carteira com mais essa dose bivalente”, contou.
Além das UBSs, a Unidade Móvel de Vacinação da Secretaria Municipal de Saúde (Sesma) estacionou no portal da Amazônia, no bairro do Jurunas, ofertando o serviço de vacinação contra a Influenza e a covid. Quem optou por ir até o posto itinerante, não encontrou dificuldades para se imunizar.
“Eu moro com pessoas idosas e, por conta da minha profissão também, tenho muito contato com o público. Ter a vacina em dia é a forma de me proteger e quem também vive comigo”, disse a professora Elaine Pires, 36.
Pelas ruas da cidade é possível notar que algumas pessoas continuam utilizando as máscaras de proteção, acessório que chegou a ser obrigatório durante o momento mais crítico da pandemia da Covid-19. “Desde quando fiquei internado no Hangar, comecei a dar ainda mais prioridade a minha saúde. Hoje, faço parte do grupo de comorbidade e nem posso pensar em ser infectado por vírus. Por isso, estou sempre de máscara na rua e, às vezes, até dentro de casa mesmo”, revelou Carlos Afonso, 44.
Em farmácias no centro da cidade, a procura pelas caixas de máscaras caiu bastante depois que o uso do acessório deixou de ser obrigatório. Além disso, a venda de testes rápidos que ajudam a identificar a covid, também reduziram. “É bem raro vir pessoas diretamente atrás de testes. Mas sempre temos unidades disponíveis em estoque. As máscaras também sempre ficam disponíveis e, geralmente, as pessoas compram as opções com uma unidade. Não é mais como antes que vinham atrás de caixas”, afirmou uma atendente.
A Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) informou que no último mês de novembro foram registrados 91 casos da Covid-19 no Pará. Em dezembro, o número de pessoas positivas saltou para 212 casos, até o momento. Com relação ao número de mortes devido às complicações da doença, a Sespa informou que houve um óbito em novembro e até a data de ontem (28), o mês de dezembro computou duas mortes pela covid.