Pará

População tenta amenizar a onda de calor como pode

 Temperatura elevada é sentida sobretudo nas ruas  Foto: Ricardo Amanajás
Temperatura elevada é sentida sobretudo nas ruas Foto: Ricardo Amanajás

Pryscila Soares

Conviver com o calor é algo que já faz parte da rotina do belenense, embora não seja uma tarefa fácil. A prova disso é que os termômetros do site Climatempo costumam marcar temperaturas próximas a 30°C nas primeiras horas da manhã, na capital paraense, indicando que a população terá pela frente mais um dia quente.

Neste período de altas temperaturas, os especialistas da área da saúde são unânimes sobre duas necessidades: ingerir bastante líquido, principalmente água, para manter o organismo hidratado e utilizar o protetor solar para proteger a pele da radiação ultravioleta UVA e UVB.

Mas será que a população está seguindo as recomendações, fazendo o “dever de casa”? E, além disso, o que os belenenses têm feito para minimizar a sensação térmica nas alturas? O DIÁRIO foi às ruas para ouvir as medidas que as pessoas têm adotado nesta época do ano e os cuidados que elas mantêm para não sofrer tanto com os impactos do calor, sobretudo, para quem tem crianças em casa.

Pelas ruas, as pessoas tentam se proteger dos raios solares como podem, utilizando sombrinhas e procurando locais cobertos ou com sombras. A cena é comumente observada em qualquer parte da cidade, a exemplo da avenida Almirante Barroso, onde o fluxo de pessoas é intenso ao longo dia.

Aguardando por condução para retornar ao município de Ananindeua, onde mora, a dona de casa Ivone da Silva, 47, contou que sempre busca a sombra para se proteger do sol enquanto permanece no ponto de ônibus.

“Geralmente, quando saio, uso protetor solar e sombrinha, mas hoje esqueci. A temperatura aumentou muito. Em casa a gente sente um vapor. Tenho dois filhos, um de 15 e outro de 8 anos. Eles estudam de manhã. Não falo tanto desses cuidados com eles. É um erro, mas tem que ter essa proteção. Não sou de tomar muita água, mas ultimamente tenho tomado por sentir necessidade”, comenta.

Quem também não dispensa a sombrinha é a dona de casa Maria Alves, 65, que reside no conjunto CDP, em Belém. “O calor está demais. Saio de vez em quando e não esqueço a minha sombrinha. Estou tomando até seis banhos por dia para amenizar o calor. Moro com uma filha e neta. A gente já sai do banheiro suando. Uso ventilador a partir do meio-dia até ir dormir. A conta de energia dispara, mas é o jeito”, lamenta.

Hidratação

Mãe de Ana Eduarda Gomes, de apenas 3 anos, a autônoma Ana Paula Gomes, 27, tem reforçado a hidratação da filha neste período. “Ela toma uns cinco banhos por dia, bebe bastante água, tanto que ando com a garrafinha de água dela. Ela fala quando está com calor. Tento não sair quando está muito quente e quando saio passo protetor solar e coloco o chapéu nela. Acredito que ano passado fez mais calor, só que mesmo assim esse ano está muito quente. Também ofereço bastante fruta para ela, melancia, melão e o ventilador fica ligado direto”, relata Ana Paula.