Trayce Melo
O Dia Mundial do Combate à Poliomielite (doença conhecida como paralisia infantil) é celebrado hoje, 24 de outubro. Pensando em facilitar o acesso das famílias aos locais de vacinação, a Sespa antecipou o “Dia D” para este sábado (22), em todos os 144 municípios intensificando as estratégias de imunização e segue até o dia 31 de outubro.
O Ministério da Saúde instituiu como meta que 95% das crianças estejam imunizadas para afastar o risco do retorno da doença, considerada erradicada no país há mais de 30 anos. A atual cobertura do estado do Pará está em 56,70%. A unidade móvel da Secretaria de Saúde do Estado do Pará (Sespa), ao lado da Basílica Santuário, esteve vacinando até este domingo (23). Além da vacina contra poliomielite, foram aplicados outros imunizantes.
A coordenadora da Divisão de Imunização da Sespa, Jaíra Ataíde, fez um balanço sobre a campanha de vacinação. “Estávamos com uma baixa cobertura em torno de 47,18%, por conta disso decidimos antecipar a campanha. Ontem o dia “D”, que foi um dia de mobilização nos 144 municípios do Estado, já tivemos um saldo positivo. Até o momento, 370.635 mil (56,70%) das crianças entre um e menores de cinco anos foram imunizadas contra a poliomielite. A nossa expectativa é chegar nas 653.678 mil (95%) crianças vacinadas entre essa faixa etária no Estado”, afirma.
Ela também destaca que é importante o envolvimento dos pais com a campanha levando os filhos para se vacinar. “Essa doença já está erradicada do Brasil e até das américas. Nós não temos mais casos de poliomielite causados pelo vírus selvagem graças à vacinação. Só que nós estamos começando a ter baixas coberturas vacinais e isso é ruim. Para manter essa erradicação precisamos de no mínimo que 95% das nossas crianças menores de 5 anos estejam vacinadas”, explica.
Andria Tuma, 34 anos, trouxe o filho Dennis, 4, para ver Nossa Senhora de Nazaré na Basílica e aproveitou também para vacinar contra a poliomielite. “Eu acho muito importante e fundamental esse trabalho do Governo do Estado, porque nossas crianças precisam ser vacinadas e estarem seguras dessas doenças que têm sequelas muito fortes. Procuro sempre deixar a caderneta dos meus três filhos atualizada para não correr nenhum risco, isso é amor aos nossos filhos”, conta.
Marinalda Paes, 38 anos e mãe do Tomás de 2 anos, acha importante ter essas campanhas. “Acho importante ter essas campanhas pela saúde dos nossos filhos. Que todos os pais tragam seus filhos para se vacinar para que essa doença continue erradicada”, disse.