A Polícia Civil do Pará alcançou uma marca expressiva no trabalho de investigação e repressão de crimes de sonegação fiscal, que resultam na recuperação de valores que deveriam ter sido pagos ao estado, por meio de impostos.
Desde o começo do ano, as ações realizadas pela Divisão de Repressão a Crimes contra a Ordem Tributária (DOT), unidade integrante da Diretoria Estadual de Combate à Corrupção (DECOR), recuperaram mais de R$ 19 milhões para os cofres públicos do estado. Quando somados aos valores ressarcidos nos últimos três anos, esse montante é superior a R$ 30 milhões.
O delegado-geral da Polícia Civil, Walter Resende, explica que o resultado é reflexo de um trabalho constante e integrado em várias linhas especializadas de investigação.
“O combate às mais diversas formas de corrupção é um trabalho diário em todas as nossas unidades porque quando o estado é prejudicado, toda a população é afetada. Por isso, reforçamos a importância da denúncia para que a investigação, geralmente complexa, possa ser feita da forma adequada e a gente consiga prender os envolvidos ou recuperar esse dinheiro que será revertido para a população”, detalhou.
Na última terça-feira (04), um inquérito policial, que investigava uma empresa suspeita de sonegação fiscal, foi encerrado depois do depósito judicial do valor integral da dívida fiscal, que era superior a R$ 11,8 milhões de reais. O depósito foi feito em uma conta judicial relacionada ao processo fiscal.
Nos outros inquéritos policiais encerrados este ano, R$ 1.945.759,07 de ativos foram recuperados aos cofres públicos por conta de pagamento do tributo, e outros R$ 17.663.264,56 foram ressarcidos por meio de depósito judicial nos autos da execução fiscal correlata.
Titular da Divisão de Repressão a Crimes contra a Ordem Tributária, o delegado Mário Sastre reforça a importância do resultado obtido além dos números.
“Estamos com várias frentes de atuação para investigar e reprimir crimes contra ordem tributária. Essa grande recuperação de ativos é importante porque diminui os prejuízos causados aos recursos financeiros do estado e possibilita a implementação de mais políticas públicas em benefício da comunidade”, destacou Sastre.