Pará

PF resgata em Londres livro histórico furtado do Museu Emílio Goeldi

Obra do alemão Johann Baptist von Spix foi recuperada por meio de cooperação policial internacional. Foto: PF
Obra do alemão Johann Baptist von Spix foi recuperada por meio de cooperação policial internacional. Foto: PF

O Museu Paraense Emílio Goeldi, instituição vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, anunciou a recuperação de mais uma obra rara. Trata-se do livro intitulado “Simiarum et vespertilionum Brasiliensium species novae”, de 1823, do alemão Johann Baptist von Spix. A publicação foi furtada em 2008 do acervo de obras raras e especiais da instituição.

Este feito foi possível graças à colaboração entre a Polícia Metropolitana de Londres (Scotland Yard), através de sua Unidade de Artes e Antiguidades, e  a Polícia Federal, por meio de sua adidância no Reino Unido.

A obra recuperada representa um dos exemplares de uma coletânea elaborada por Spix (1781-1826), notadamente reconhecido como o primeiro curador da Academia de Ciências da Baviera em Munique. Spix, em conjunto com o botânico Carl Friedrich Philipp von Martius, liderou uma importante expedição ao interior do Brasil, financiada por Maximiliano José I, rei da Baviera, entre 1817 e 1820. Essa expedição foi uma das mais significativas em termos de investigação científica no século XIX, especialmente nas florestas tropicais amazônicas. As obras produzidas por Spix, após seu retorno, representam um dos registros mais abrangentes da história natural sul-americana da época.

Esta obra em particular é dedicada aos macacos, com uma breve seção sobre morcegos nativos. O texto está em latim e francês para a seção sobre macacos, e exclusivamente em latim para a seção sobre morcegos. O livro possui 38 pranchas em litografia com legendas em latim e alemão.

O valor estimado da obra atualmente situa-se entre R$ 96.000 – R$ 130.000.