OPERAÇÃO ISENGARD

PF fecha serrarias ilegais em operação no sudoeste paraense

Desmatamento ilegal explora florestas públicas sem autorização e madeira é vendida clandestinamente

Alvo teria encomendado maconha pelos Correios em 2022
Alvo teria encomendado maconha pelos Correios em 2022

Nos dias 22 e 23 de outubro, a Polícia Federal desencadeou a operação Isengard nas cidades de Altamira, Anapu e Pacajá, no sudoeste do Pará, visando o combate a crimes ambientais. A ação resultou no cumprimento de cinco mandados de busca e apreensão, com foco em duas serrarias que operavam ilegalmente.

Durante a operação, foram inutilizados caminhões e equipamentos utilizados nas atividades ilícitas, conforme a legislação vigente, em casos onde a remoção dos maquinários não era viável.

As investigações revelaram desmatamento ilegal e exploração econômica de florestas públicas sem a devida autorização. Além disso, foram identificadas irregularidades como recebimento de madeira sem documentação legal e a realização de atividades industriais sem licenciamento ambiental. A operação também evidenciou a formação de uma associação criminosa voltada para a exploração ilegal dos recursos naturais da Amazônia.

Os crimes investigados se enquadram na Lei de Crimes Ambientais, incluindo organização criminosa, falsidade ideológica e receptação. A continuidade das investigações pode levar a novas responsabilizações, e a Polícia Federal está apurando a possível participação de agentes públicos nas atividades ilícitas.

As regiões de Anapu, Altamira e Pacajá, historicamente afetadas por conflitos agrários e degradação ambiental, são frequentemente alvo de crimes relacionados à grilagem de terras e desmatamento indiscriminado. A operação Isengard representa um esforço das autoridades para combater a destruição ambiental e promover a preservação da Amazônia.

Essa ação se alinha aos esforços do Brasil para reduzir o desmatamento, contribuindo para o cumprimento dos compromissos assumidos pelo país em fóruns internacionais, como a COP 30. As medidas visam reforçar a proteção ambiental e enfrentar práticas ilegais que ameaçam a conservação da Amazônia, um tema central nas discussões globais sobre mudanças climáticas e sustentabilidade.

O nome da operação faz referência à fortaleza Isengard, da obra “O Senhor dos Anéis”, simbolizando a transformação de um ambiente próspero em um centro de devastação, refletindo a destruição ambiental causada por ações humanas irresponsáveis.

Fonte: Gov.br