Pará

PF encontra 27 celulares em barco no Pará; vítimas serão sepultadas em Belém

A Polícia Federal e a Polícia Científica do Pará realizaram o exame dos 9 corpos retirados da embarcação encontrada próximo a Bragança no último final de semana
A Polícia Federal e a Polícia Científica do Pará realizaram o exame dos 9 corpos retirados da embarcação encontrada próximo a Bragança no último final de semana

A Polícia Federal e a Polícia Científica do Pará realizaram o exame dos 9 corpos retirados da embarcação encontrada próximo a Bragança no último final de semana. A atividade envolveu mais de 30 pessoas em trabalho multidisciplinar, adotando o padrão de identificação de vítimas de desastres da Interpol.

Foram realizados exame radiológico, exame de vestes, pertences, documentos e adereços; exame médico-legal, com coleta de material para exames de DNA e de isótopos estáveis; exame odontolegal; exame necropapiloscópico e estação de verificação de documentos e controle de qualidade.

Segundo a PF, os dados colhidos foram enviados para continuar o processo de identificação em Brasília/DF, pelo Instituto Nacional de Criminalística e Instituto Nacional de Identificação da Polícia Federal, com apoio da Interpol e organismos internacionais.

“Como a migração de pessoas dos países africanos é uma questão humanitária que conta com milhares de pessoas desaparecidas e inexistem dados técnicos estruturados, não é possível estimar o prazo para identificação dos 9 corpos. Contudo, a PF faz todos os esforços para que a identidade das vítimas seja estabelecida no menor tempo possível”, informou a Polícia Federal.

Os corpos serão temporariamente sepultados em Belém até que as identidades tenham sido estabelecidas e as famílias das vítimas possam ser formalmente comunicadas, adotando-se os devidos canais de cooperação policial e jurídica internacionais.

Além das 25 capas de chuva e diversos objetos, foram encontrados 27 telefones celulares, que foram encaminhados para exames periciais no instituto nacional de criminalística. As possíveis informações extraídas dos celulares, dos seus chips e cartões de memória, em conjunto com ações de cooperação internacional, serão utilizadas para trazer indicativos sobre a identidade dos ocupantes da embarcação.

A embarcação teria saído do continente africano no fim de janeiro.