Pará

PF apreende 17 carros de luxo e quase 10 mil quilos de ouro no PA

A Operação Sisaque apreendeu 17 veículos de luxo, 496.004 reais, 738 dólares, 1300 euros, 9,934 quilos de ouro misturado com outros metais. Foto: PF/divulgação
A Operação Sisaque apreendeu 17 veículos de luxo, 496.004 reais, 738 dólares, 1300 euros, 9,934 quilos de ouro misturado com outros metais. Foto: PF/divulgação

A Polícia Federal atualizou nesta segunda-feira, 20, o saldo da Operação Sisaque, realizada na última semana em uma ação conjunta com o Ministério Público Federal e a Receita Federal. O objetivo foi desmontar uma grande organização criminosa de contrabando de ouro extraído de garimpos ilegais da região Amazônica.

Os mandados foram cumpridos em Belém, Santarém, Itaituba, Rio de Janeiro, Brasília, Goiânia, Manaus, São Paulo, Tatuí (SP), Campinas (SP), Sinop (MT) e Boa Vista (RR). Também foi cumprida autorização judicial para sequestro de mais de dois bilhões de reais dos investigados.

Participam da Operação mais de 100 policiais federais, além de cinco auditores fiscais e três analistas da Receita Federal. Os objetivos são ampliar o volume de provas para desmontar o esquema criminoso e combater o garimpo clandestino, especialmente na região de Itaituba.

De acordo com a PF, o inquérito policial que deu origem à operação começou em 2021, a partir de informações da Receita Federal, que apontavam a existência de uma organização criminosa voltada para o “esquentamento” de ouro obtido de maneira ilegal.

Seriam empresas em sua maioria “noteiras”, utilizadas para emissão de notas fiscais, conferindo ares de regularidade ao ouro comercializado e adquirido por outras duas empresas principais, tidas como as líderes da organização criminosa.

Do início de 2020 até o final de 2022, as emissões de Notas Fiscais eletrônicas fraudulentas teriam sido superiores a R$ 4 bilhões, correspondendo a aproximadamente a 13 toneladas de ouro ilícito.

A investigação apontou que esse ouro extraído da Amazônia Legal era exportado principalmente por meio de uma empresa sediada nos Estados Unidos. “Ela seria responsável pela comercialização em países como Dubai, Itália, Suíça, Hong Kong e Emirados Árabes Unidos, de forma clandestina, mas com aparente legalidade. Uma das formas de fazer isso era criando estoques fictícios de ouro, de modo a acobertar uma quantidade enorme do minério sem comprovação de origem lícita”, informou a PF.

Nesta segunda-feira, a PF revelou o saldo de tudo o que foi apreendido na ação: 17 veículos de luxo, 496.004 reais, 738 dólares, 1300 euros, 9,934 quilos de ouro misturado com outros metais, HDs, computadores, pen drives, notebooks, tablets, joias e cheques.