Os resultados da pesquisa ressaltam a importância das coleções científicas na identificação de novas espécies e na análise contínua da diversidade biológica. As regiões da Mata Atlântica e Caatinga são destacadas como áreas de alta biodiversidade, com muitas espécies endêmicas e ameaçadas, sublinhando a necessidade crucial de preservação desses biomas.
“Infelizmente, ainda não sabemos o status de conservação dessas espécies, pois a descoberta é apenas o início desse processo. Cada nova espécie descoberta mostra o potencial único de biomas como a Mata Atlântica e a Caatinga para novas descobertas”, afirma o pesquisador Lywouty Nascimento. Muitas espécies do gênero Micrurus permanecem pouco conhecidas, com várias linhagens divergentes incluídas em complexos de espécies.
Dados do Sistema de Alertas de Desmatamento da Mata Atlântica (SAD) mostraram uma queda contínua no desmatamento desse bioma no ano passado. Contudo, entre janeiro e agosto de 2023, a área desmatada ainda foi de 9.216 hectares.
Lywouty enfatiza: “Em um ambiente cada vez mais degradado, perdemos a biodiversidade. Mas a pesquisa demonstra que, mesmo com toda a degradação que a Mata Atlântica sofreu e ainda sofre, ainda há novas espécies a serem descobertas”.