Pará

Pesquisa aponta os 'defensores da desinformação' na Amazônia; Pará lidera ranking

Uma pesquisa identificou 70 perfis e sites na internet disseminadores de desinformação e notícias falsas na Amazônia Legal. Foto: Divulgação
Uma pesquisa identificou 70 perfis e sites na internet disseminadores de desinformação e notícias falsas na Amazônia Legal. Foto: Divulgação

Uma pesquisa identificou 70 perfis e sites na internet disseminadores de desinformação e notícias falsas na Amazônia Legal. O levantamento do Coletivo Intervozes e de entidades parceiras analisou 200 páginas em sete estados: Acre, Amazonas, Amapá, Pará, Roraima, Mato Grosso e Tocantins.

As páginas foram separadas entre organizações e ativistas de direita, figuras políticas públicas e canais jornalísticos. O Pará lidera o ranking de difusores de desinformação na Amazônia, com a identificação de 27 perfis. São figuras públicas, canais e movimentos ligados à extrema-direita, alinhados ao bolsonarismo, de acordo com o estudo.

Os pesquisadores investigaram três sites que se apresentam como jornalísticos. Segundo o estudo, esses sites divulgam apenas informações que favorecem certo partido ou candidato. Os políticos que tiveram mais visibilidade são aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro. A desinformação aumentou nas eleições de 2022, fortemente associada à polarização política.

As supostas notícias manipulam as informações, segundo a integrante do Intervozes, Raquel Baster. “Eles constroem textos que são, normalmente, sensacionalistas, conspiratórios, principalmente em relação à Floresta Amazônica. Eles constroem textos com dados manipulados. Eles podem pegar metade de um texto com informações que são corretas e misturar com dados fabricados por eles. Ou fazem uma mistura de dados, trazendo uma confusão ao entendimento de que lê esses textos”.

Para combater a desinformação, os pesquisadores recomendam fortalecer a cooperação entre estados, agentes privados e sociedade para encontrar mecanismos de regulamentação. Eles defendem o projeto de Lei das Fake News, que está no Congresso. Além disso, políticas de educação crítica para o uso da internet desde a infância. (Com informações da Agência Brasil)

ACESSE O RELATÓRIO COMPLETO ABAIXO

https://intervozes.org.br/wp-content/uploads/2023/04/INTERRelatorioICS-2.pdf