Pequenos negócios têm aumento de clientes nas festas deste ano

Belém, Pará, Brasil. Cidade. Juliana Ises, 33 anos, empresária e a Cliente: Alana Caldeiraro, 13 anos, estudante. Salão de beleza ISEZ CONCEPT. Expectativa dos comerciantes ás vésperas do Natal: comopequenos comércios, depósitos de bebidas e salões de beleza. 23/12/2022. Foto: Irene Almeida/Diário do Pará.
Belém, Pará, Brasil. Cidade. Juliana Ises, 33 anos, empresária e a Cliente: Alana Caldeiraro, 13 anos, estudante. Salão de beleza ISEZ CONCEPT. Expectativa dos comerciantes ás vésperas do Natal: comopequenos comércios, depósitos de bebidas e salões de beleza. 23/12/2022. Foto: Irene Almeida/Diário do Pará.

Diego Monteiro

É só dezembro chegar que produtos como eletrônicos, vestuários, perfumaria, calçados, bolsas, passam a ser os itens mais procurados para presentes, segundo a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL). No entanto, comerciantes que trabalham no segmento de salões de beleza, barbearia, depósito de bebidas, entre outros, faturam com o mês natalino.

A equipe do DIÁRIO percorreu diversos bairros para entender como anda o movimento às vésperas do Natal. De acordo com a maioria dos comerciantes, a movimentação está agradando estes, que viram seus negócios passarem por momentos delicados nos últimos dois anos, por causa da pandemia, período mais crítico e que exigiu o fechamento de estabelecimentos em toda a cidade.

Juliana Isez, 33 anos, é empresária do ramo de beleza e contou que este ano, devido à alta das demandas, precisou contratar mais funcionários para ajudar no salão. “Não é roupa, nem calçado, mas sim o desejo de passar a noite de Natal, receber a família e amigos. Parece que todo mundo resolve se arrumar, arrumar o cabelo, para comemorar em bom estilo”, afirmou.

Especialista em cabelos cacheados no bairro da Pedreira, Isez revelou que falta espaço na agenda. “Começo a trabalhar às nove da manhã e só termino às nove da noite. Por conta da falta de espaço para os próximos dias, estamos começando a agendar já para o mês que vem. Infelizmente, por conta das chuvas, muitas clientes não conseguiram vir, mas sempre damos um jeitinho”, completou Juliana.

Quem passou pelas mãos da Isez foi a Alana Calderaro, 13, que se preparou para o dia de hoje. “Finalmente o meu pai deixou eu cortar o meu cabelo e por isso aproveitei esse espaço na agenda. Vou comemorar este momento com estilo, pois já estava sonhando com esse corte mais curtinho há um tempo e finalmente consegui”, declarou a adolescente.

José Orlando e Cláudia comemoram procura maior pelos produtos fotos: irene almeida

Caixa no verde

No caso das bebidas, a alta esperada nas vendas é de 12,5% ante dezembro de 2021, é o que indica a Associação Brasileira de Supermercados (Abras). Nos bairros de Belém, os depósitos sentiram as vendas aumentarem. “Apesar do fluxo satisfatório, estamos esperando melhora amanhã [hoje], dia do Natal, pois se analisarmos os anos anteriores, é no dia 24 e 25 que temos o maior faturamento do mês. Aqui vendemos cervejas de todas as marcas, além de água, gelo, tudo com preço bom para aproveitar a noite com a família e com os amigos”, enfatizou Claudia Mota, 47, do Depósito Real, no bairro do Marco.

Na onda dos presentes mais baratinhos é que os pequenos negócios têm garantido o aumento nas vendas para o período. Os produtos desses autônomos são os diversos: bolos enfeitados, ceias natalinas, roupas personalizadas e brindes são alguns dos itens que podem ser encontrados, por exemplo, pelo bairro de São Brás.

Dentro desse contexto de artigos personalizados e baratinhos é onde o seu José Orlando, 58, se encaixa. O microempreendedor oferece desde relógios com preços que cabem no bolso, até serviços de manutenção desses produtos. Após uma rápida conversa, Orlando contou que o “movimento está se mantendo equilibrado, mas que tem dado para manter o caixa no verde”.

Com pensamentos para 2023, o comerciante já planeja os investimentos para a melhora do negócio. “Vamos trabalhando, superando as dificuldades, as perdas, para tirar um dinheirinho e assim fazer um investimento. Este ano foi difícil para mim, que perdi uma pessoa muito próxima, mas não posso reclamar, pois graças a Deus Ele tem enviado pessoas para comprar comigo”, concluiu.

Juliana teve que contratar para conseguir atender as clientes, como a Alana Calderaro foto: irene almeida