O rio Tocantins vai finalmente ser utilizado como uma das hidrovias mais importantes para o Brasil. O entrave para a plena navegabilidade – conhecido como o Pedral do Lourenço – vai finalmente ser removido e as obras começam já no primeiro trimestre de 2025. A informação foi repassada ao senador Jader Barbalho (MDB) em visita feita pelo diretor de Infraestrutura Aquaviária do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), Erick Moura.
A autarquia é responsável pelo projeto de viabilização do novo corredor de transportes. Por se tratar de um conjunto rochoso no meio da água, será necessário, segundo técnicos do DNIT, fazer a remoção por etapas das pedras em um trecho de 43 quilômetros do Tocantins. A obra de derrocamento é de responsabilidade da autarquia.
Erick Moura explicou que toda a remoção será feita em trechos determinados. “Havia uma equivocada interpretação de que seria necessário remover essas barreiras ao longo de todo o curso do rio, o que não vai acontecer. São pequenos trechos que serão removidos por etapas”, detalhou o diretor. Segundo ele, a previsão é que essas ações tenham início já no primeiro bimestre.
O senador Jader tem sido um dos principais entusiastas do projeto de conclusão da hidrovia. Nos últimos anos, coube a ele indicar emendas de bancada para que a obra fosse executada.
O senador lembrou que a abertura da hidrovia deverá também aumentar as chances de instalação de um complexo siderúrgico no município paraense de Marabá, uma demanda antiga da região. “A hidrovia é a melhor logística possível: resolve uma das questões mais importantes para fazer o polo siderúrgico aguardado para a região”, completou o parlamentar.
Do encontro, participou também o ministro das Cidades, Jader Filho que, desde que assumiu o Ministério das Cidades tem levado informações ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre a importância desse projeto. “É um momento histórico para a estratégia de escoamento da produção brasileira. A utilização de uma das principais alternativas de transporte no corredor Centro-Norte brasileiro, vai significar uma nova etapa para o desenvolvimento do país”, frisou o ministro.
Além de aumentar o fluxo de produtos na região, o empreendimento também diminuirá os custos de transporte e aumentará a competitividade dos produtos brasileiros que utilizarem esse modal. Isso porque, segundo estudos da Antaq, o custo operacional de uma hidrovia chega a ser até 80% mais barato do que uma rodovia.
A coordenadora de serviços de manutenção do DNIT, Mariana Vaini, que está à frente do projeto, ressaltou, durante o encontro no gabinete do senador em Brasília que a colaboração e engajamento dos prefeitos de municípios paraenses têm sido fundamentais para o processo de viabilização da hidrovia Araguaia-Tocantins. “É uma ação que vai permitir a ligação da região, onde está uma parte do futuro do Brasil”, informou.