IMPACTO

Pedral do Lourenço: Obra no Tocantins promete escoar 20 milhões de toneladas

O Governo Federal deu um passo decisivo para o desenvolvimento do transporte hidroviário com a concessão da licença ambiental, pelo Ibama, para o derrocamento do Pedral do Lourenço

O Governo Federal deu um passo decisivo para o desenvolvimento do transporte hidroviário com a concessão da licença ambiental, pelo Ibama, para o derrocamento do Pedral do Lourenço
O Governo Federal deu um passo decisivo para o desenvolvimento do transporte hidroviário com a concessão da licença ambiental, pelo Ibama, para o derrocamento do Pedral do Lourenço

O Governo Federal deu um passo decisivo para o desenvolvimento do transporte hidroviário com a concessão da licença ambiental, pelo Ibama, para o derrocamento do Pedral do Lourenço, no Rio Tocantins. A autorização, emitida na última segunda-feira (26), viabiliza o início das obras que permitirão a navegação contínua na hidrovia Tocantins-Araguaia, uma das principais rotas sustentáveis entre as regiões Centro-Oeste e Norte do país.

A hidrovia do Tocantins tem mais de 1.700 km de extensão, entre Peixe (TO) e Belém (PA). No entanto, a passagem de embarcações de carga é limitada no trecho de cerca de 40 km do Pedral do Lourenço, uma formação rochosa que compromete a navegabilidade do rio.

Com o derrocamento e a dragagem do local, o potencial logístico do Tocantins poderá alcançar mais de 20 milhões de toneladas por ano, o equivalente à circulação de 500 mil caminhões. A expectativa é de uma redução de até 30% nos custos logísticos, ampliando a competitividade da produção nacional e oferecendo uma alternativa eficiente e sustentável ao transporte rodoviário.

A principal região beneficiada será o MATOPIBA (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia), um polo agrícola em expansão, mas ainda altamente dependente de rodovias para o escoamento da produção.

Impacto e Benefícios do Projeto

Segundo o secretário nacional de Hidrovias e Navegação, Dino Antunes, a obra representa um marco na transição para uma matriz de transporte mais limpa:

“O derrocamento do Pedral viabiliza uma alternativa logística mais sustentável para o escoamento da produção do MATOPIBA, ainda muito dependente das rodovias. A operação contínua da hidrovia representa eficiência e um avanço para o cumprimento das metas de descarbonização do Brasil.”

Além dos ganhos logísticos, o projeto deverá impulsionar o desenvolvimento regional, com geração de empregos diretos e indiretos, atração de investimentos, fortalecimento da indústria naval e inclusão produtiva em regiões com baixos índices de desenvolvimento humano (IDH).

Agenda Socioambiental e Execução

A obra seguirá uma agenda socioambiental rigorosa, construída durante o processo de licenciamento, que inclui 26 programas ambientais aprovados, como:

  • Monitoramento da fauna aquática e terrestre;
  • Instalação de Base de Atendimento Veterinário;
  • Educação ambiental e gestão de resíduos;
  • Projeto-piloto de derrocamento subaquático com monitoramento de impactos.

O projeto será executado pelo DNIT, em parceria com a Antaq e apoio do BNDES, dentro do escopo do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI). A iniciativa também está integrada ao planejamento para a futura concessão da Hidrovia do Tapajós, fortalecendo a malha fluvial da Amazônia Legal.

Clayton Matos

Diretor de Redação

Clayton Matos é jornalista formado na Universidade Federal do Pará no curso de comunicação social com habilitação em jornalismo. Trabalha no DIÁRIO DO PARÁ desde 2000, iniciando como estagiário no caderno Bola, passando por outras editorias. Hoje é repórter, colunista de esportes, editor e diretor de redação.

Clayton Matos é jornalista formado na Universidade Federal do Pará no curso de comunicação social com habilitação em jornalismo. Trabalha no DIÁRIO DO PARÁ desde 2000, iniciando como estagiário no caderno Bola, passando por outras editorias. Hoje é repórter, colunista de esportes, editor e diretor de redação.