Pará

Parque Ambiental de Ananindeua está em estado de abandono

Parque Ambiental de Ananindeua Antônio Danúbio Lourenço da Silva é o retrato do descaso. FOTO: CELSO RODRIGUES.
Parque Ambiental de Ananindeua Antônio Danúbio Lourenço da Silva é o retrato do descaso. FOTO: CELSO RODRIGUES.

Rafael Rocha

Inaugurado em 2012, o Parque Ambiental de Ananindeua Antônio Danúbio Lourenço da Silva, localizado no quilômetro 5 da rodovia BR-316, bairro do Coqueiro, é uma Unidade de Conservação do tipo Área de Relevante Interesse Ecológico, com área de 3,5 hectares, de acordo com a Lei nº 2472/2011 do Município de Ananindeua. Porém, o espaço que deveria ser aberto ao público para atividades ambientais e de lazer, encontra-se fechado e em estado de abandono e deterioração, necessitando de reparos imediatos.

Na tarde de ontem, 5, a equipe do Diário verificou diversos problemas no local. A placa de identificação do parque não existe mais. Outro problema bem evidente também na entrada é a ponte de madeira, que dá acesso ao parque. A estrutura está com tábuas deterioradas e soltas.

Ainda há muito mato em toda a extensão frontal do parque, lixo no chão, guarita de segurança deteriorada e ainda é possível observar a mureta de proteção quebrada, com a falta de uma das grades ao lado do portão de entrada, este último fechado com cadeado. Internamente, o cenário é composto por trilhas e um lago tomado pelo mato.

Cláudia Merces, auxiliar de serviços gerais, 46 anos, caminha a pé em frente ao parque para conseguir chegar ao trabalho. Ela diz que o local deveria ser melhor cuidado, pois “está abandonado” e que poderia ser utilizado para uso em diferentes atividades na região. “Eu passo aqui na frente há mais de um ano e nunca vi fazerem nada nesse parque. Só vejo ele assim, descuidado”.

José Costa, técnico em contabilidade, 68 anos, afirma que o parque Antônio Danúbio deveria ser revitalizado o mais rápido possível para ser útil à população de Ananindeua. “É um espaço que tem muitas árvores, muita área verde. Poderia ser melhor utilizado, por exemplo, para a realização de brincadeiras para as crianças do bairro”.

Já Rita Pinho, professora aposentada de biologia, 70 anos, reflete sobre a situação do local afirmando que “é um lugar vivo porque tem muita natureza”. Por ser da área ambiental, a professora ainda ressalta que o espaço poderia ser melhor utilizado para o ensino e educação. “É preciso valorizar e preservar um espaço público como esse, pensando em usos úteis para todos”, reforça a professora ao se deparar com a situação de abandono do parque.