AR IRRESPIRÁVEL

‘Parecia que o fogo tava na porta’: Incêndio no Aurá apavora moradores

Fogo começou no início da noite de terça-feira (10) e segue sob investigação; moradores relatam sufoco e abandono.

‘Parecia que o fogo tava na porta’: Incêndio no Aurá apavora moradores ‘Parecia que o fogo tava na porta’: Incêndio no Aurá apavora moradores ‘Parecia que o fogo tava na porta’: Incêndio no Aurá apavora moradores ‘Parecia que o fogo tava na porta’: Incêndio no Aurá apavora moradores
Na manhã desta quarta-feira (11), o céu encoberto e o cheiro persistente de fumaça ainda marcavam presença em diversos bairros da Grande Belém, reflexo do incêndio que atingiu uma área de mata no Aterro do Aurá
Na manhã desta quarta-feira (11), o céu encoberto e o cheiro persistente de fumaça ainda marcavam presença em diversos bairros da Grande Belém, reflexo do incêndio que atingiu uma área de mata no Aterro do Aurá

Na manhã desta quarta-feira (11), o céu encoberto e o cheiro persistente de fumaça ainda marcavam presença em diversos bairros da Grande Belém, reflexo do incêndio que atingiu uma área de mata no Aterro do Aurá, conhecido popularmente como “Lixão do Aurá”, em Ananindeua, na Região Metropolitana de Belém (RMB). As chamas começaram na noite de terça-feira (10) e espalharam uma densa fumaça que avançou pela cidade ao longo da noite. O que teria causado o ocorrido segue sob investigação.

Algumas informações apontam que o fogo foi registrado entre 21h e 22h, no entanto, logo nas primeiras horas da noite – ainda não havia escurecido –, imagens começaram a circular nas redes sociais. Moradores das áreas próximas relataram ter percebido a fumaça e o calor ainda antes de escurecer. 

Uma equipe do DIÁRIO foi até o local para conferir de perto e averiguar mais informações. Até às 10h30 desta quarta-feira, ainda era possível ver fumaça nas proximidades da entrada do aterro. Mais uma viatura do Corpo de Bombeiros, por volta de 9h50, seguia na área para realizar o rescaldo, um procedimento fundamental para evitar a reignição de focos ocultos.

Relatos dos Moradores

O estudante Juciel Matias, de 17 anos, vive na rua Santana, uma das mais próximas ao ponto onde o fogo teria iniciado. Ele conta que a fumaça tomou conta da comunidade rapidamente. “Era umas 18h da tarde. O fogo estava horrível. A fumaça incomodou bastante. A gente teve até que sair para ir para casa da minha avó, que fica muito distante de lá”, relatou. Ainda segundo ele, a família só conseguiu retornar para casa às 9h desta quarta-feira. A madrasta do jovem chegou a passar mal por conta da fumaça. “Não dava para ficar mesmo. Lá em casa a minha madrasta tem problemas respiratórios, então não tinha como”.

Outra moradora, que preferiu não se identificar, mas de primeiro nome Denise, que vive próximo ao aterro, contou que o momento foi de apreensão e que o cheiro forte da queima invadiu casas da comunidade. “Tudo cheio de fumaça, a garganta ardeu, parecia que o fogo estava na porta. O céu tava vermelho vermelho. Foi difícil conseguir dormir”, relatou.

Posicionamento da Prefeitura

A Prefeitura de Belém, por meio da Secretaria Municipal de Zeladoria e Conservação Urbana (Sezel), informou que as causas do incêndio serão investigadas pelo Corpo de Bombeiros e pela Polícia Científica. “No entanto, a Sezel ressalta que a segurança da área é de responsabilidade da empresa Ciclus, que administra o local mediante contrato de licitação. A Prefeitura de Belém vai exigir da empresa explicações sobre o caso e solicitar o aumento da segurança e fiscalização da Ciclus no local”, continuou a nota.