Pará

Paraenses contam o que esperam de 2023

Lenil diz que segue a vida sem fazer muitos planos, se apegando às coisas que importam, com amor e respeito FOTO: WAGNER SANTANA
Lenil diz que segue a vida sem fazer muitos planos, se apegando às coisas que importam, com amor e respeito FOTO: WAGNER SANTANA

Wesley Costa

Criar metas na passagem de um ano para outro, tornou-se comum entre as pessoas. Porém, será que com tantas mudanças ocorrendo a todo o momento e os acontecimentos vivenciados, principalmente nos últimos dois anos devido a pandemia da Covid-19, as reflexões sobre a famosa lista de desejo continuam ganhando o mesmo sentido na vida? O que esperar para os novos 365 dias que vão se iniciar no próximo ano?

Nesta reta final de 2022, o DIÁRIO esteve nas ruas ouvindo as pessoas para saber um pouco mais sobre suas metas a serem perseguidas; o que mudou em seus pensamentos e objetivos; e quais transformações que esperam vivenciar após a última badalada das 00h, momento que marca o um novo início de capítulo na vida de todos.

O professor Matheus de Albuquerque, 25, lembra que 2022 foi um ano bastante desafiador, mas de grandes realizações tanto na sua vida pessoal, quanto na profissional. Ele conta que o cenário de pandemia enfrentado pela humanidade fez com que vários dos seus pensamentos mudassem. “Na questão profissional, sentia muita falta do tato com as pessoas e do afeto com os meus alunos. Mas quando tudo acalmou, voltei a revê-los, encontrar os amigos e viajar mais ainda, que é uma das coisas que mais gosto. Sem dúvidas, a pandemia nos abriu os olhos para os detalhes mais importantes da vida”, disse.

Para o próximo ano, outras metas já foram traçadas. “Conversando com a minha namorada, vimos que a única coisa que não conseguimos este ano foi perder peso”, brincou. “Porque de resto, fizemos de tudo. Viajamos muito e aprendemos uma nova língua, por exemplo. No próximo estamos planejando uma mudança bem grande e vamos enfrentar a vida em outro país. Estamos esperançosos que vamos nos adaptar muito bem”, adiantou o educador.

Quem também passou a enxergar as metas em outras perspectivas foi Amanda Soares, 25. A jovem disse que não conseguiu realizar tantos desejos como previa para 2022, mas destacou que a lista de desejos ganhou um significado maior para o próximo ano. “Vivenciamos tantas coisas nesses últimos anos, que nos fez refletir ainda mais sobre o que realmente importa. Acredito que estar próximo de quem a gente ama foi o maior ganho desse ano e passou a ser minha prioridade”, diz.

Sonhadora, Amanda afirma que é uma pessoa que gosta de se planejar e o foco de 2023 será o curso de Enfermagem. “Claro que a gente também precisa se sentir e deve estar satisfeita profissionalmente, todo mundo almeja isso. Por isso, nesse quesito, 2023 será o ano que espero entrar nesse curso que tanto desejo, algo que sem dúvidas vai contribuir para que eu possa realizar outros objetivos que já tracei”, conta.

Após tantos anos de experiência, a vendedora Lenil da Costa, 65, diz que procura não mais definir metas, e destaca que as mesmas perdem todo sentido se a vida não tiver uma base. “É muito bom a gente traçar objetivos e sonhar alto. Porém, mais do que tudo isso, a gente precisa estar afetuosamente ligado ao que importa nessa vida. Apesar de tanto sofrimento, a pandemia nos mostrou isso. Por isso, hoje eu deixo que as coisas aconteçam um pouquinho de cada vez, mas vivendo com muito amor e respeito”, afirma.