Com um faturamento superior a R$ 5 milhões em 2024, a Gelateria Damazônia, nascida em Belém (PA), acelera seu plano de crescimento nacional com foco na expansão pelo Sudeste. A marca, que já conta com oito unidades próprias na capital paraense, inaugurou no último ano sua primeira operação fora da região Norte, no Centro de São Paulo. Agora, projeta abrir quatro novas lojas em território paulista até setembro de 2025.
Fundada em 2010 pelo paraense Carlos Ferreira, a empresa estreou no franchising em janeiro deste ano, com um carrinho de sorvete instalado no Cristo Redentor, no Rio de Janeiro — um dos pontos turísticos mais movimentados do país. Com a entrada no sistema de franquias, a meta é ousada: atingir 100 unidades até 2030 em todo o Brasil.
As próximas inaugurações incluem uma franquia no bairro do Ipiranga e três unidades próprias nos bairros da Vila Madalena, Tatuapé e no Shopping Pátio Paulista.
“A ideia é crescer com responsabilidade. Não adianta abrir muitas lojas no primeiro ano. A nossa meta é não ultrapassar dez unidades inauguradas nesse período”, afirma o fundador, que acompanha de perto a escolha dos franqueados e locais de operação. A declaração foi dada ao portal da revista Pequenas Empresas & Grandes Negócios.
Sabores da Amazônia e Expansão da Gelateria Damazônia
Além do sucesso nas vendas, a gelateria aposta na valorização dos sabores típicos da Amazônia, como cupuaçu, castanha, bacuri e tapioca. O cardápio também inclui sabores mais clássicos, como chocolate, pistache e doce de leite. Os preços dos gelatos partem de R$ 18,50, e o açaí é outro carro-chefe da marca, disponível em tigelas e também como sabor de sorvete.
Apesar da expansão geográfica, o controle de qualidade segue rígido. A produção principal continua em Belém, onde a fábrica gera de cinco a sete toneladas de gelato por mês. Em São Paulo, a produção mensal chega a 750 quilos e pode ser ampliada com novos pontos de apoio logístico. “Nosso modelo é híbrido: centralizado, mas com capacidade de adaptação”, explica Ferreira à publicação.
Origens e Estratégias de Crescimento
A história da Damazônia começou em 2000 como uma fábrica de chocolates artesanais voltados ao mercado B2B. A virada veio em 2010, quando Carlos decidiu atender diretamente o consumidor final com a abertura das lojas de gelato. Desde então, o contato com o público virou peça-chave da estratégia de fidelização.
O investimento inicial para abrir uma franquia da marca varia entre R$ 130 mil e R$ 300 mil, dependendo do formato da loja. São três modelos disponíveis: quiosque, loja de até 35 m² e loja de até 60 m². A estimativa de retorno é de 24 a 35 meses.
A marca também avalia expandir internacionalmente. Um possível franqueado em Portugal já está em negociação. Para Ferreira, levar os sabores da Amazônia ao mundo é mais do que uma oportunidade de negócio — é uma missão. “Queremos mostrar que o Brasil também sabe fazer gelato de qualidade. Entregamos uma experiência com identidade, sabor e afeto”, conclui.