O Pará registrou uma redução significativa de 37% nos alertas de desmatamento em setembro de 2024 em comparação ao mesmo mês do ano anterior, conforme dados do Deter do Inpe. O estado, que está concentrando esforços no combate às queimadas, viu a área com alertas diminuir de 315 km² em 2023 para 198 km² em 2024.
O governador Helder Barbalho enfatizou a importância dessa redução, destacando que, apesar das queimadas afetando diversas regiões, as ações de fiscalização e políticas públicas voltadas para a conservação estão gerando resultados. O Pará também apresentou uma redução de 25% nos alertas entre agosto e setembro, e uma queda impressionante de 71% em relação ao pico de 2020.
Nos 15 municípios prioritários para combate ao desmatamento, a redução foi de 31%, somando 52 km² em setembro de 2024. Na Amazônia Legal, a área coberta por alertas também caiu 11%.
O estado tem promovido políticas que valorizam a floresta viva, como o projeto de Pagamento por Serviços Ambientais, que oferece compensações financeiras a produtores que ajudam na conservação e recuperação de áreas degradadas. Essas iniciativas são parte de um esforço mais amplo para garantir que a floresta contribua como fonte de renda, além de proteger o meio ambiente.
Acumulado – Na comparação entre agosto e setembro de 2023 e 2024, primeiros meses do chamado Ano Prodes, que é a contabilização anual de desmatamento realizada pelo Inpe, o Pará teve redução de 25%. Em 2023, a área recoberta por alertas era de 519 km² e este ano é de 390 km².
Em relação ao ano que apresentou a maior área recoberta por alertas de desmatamento na série histórica, 2020, quando foram registrados 1.325 km², a redução em 2024 é de 71%, o que equivale a 935 km².
“O registro de setembro de 2024 é o segundo menor de toda a série histórica, desde 2019, e se comparado com 2022, quando a área recoberta por alertas era de 531 km², temos uma redução ainda maior, de 63%. Isso mostra o quanto as ações do estado têm sido eficazes para combater o desmatamento e especialmente em um momento crucial como este, de combate a queimadas e em que os efeitos das mudanças climáticas se impõem”, explica o secretário de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Pará, Raul Protázio Romão.