Alexandre Nascimento
O Pará registrou aumento no número de casos de covid-19 no último mês de outubro. A confirmação foi feita pela Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), que ao comparar a setembro, apontou o percentual de testes positivos de 3% para 17% entre os dois meses. A situação acende o alerta, uma vez que variantes do vírus, como a ômicron BQ.1, têm sido responsável pela alta de casos, embora a vacina contra a doença esteja disponível.
De acordo com o médico infectologista Alessandre Beltrão, há preocupação urgente, já que a ômicron BQ.1 já está no Brasil e possui alto poder de contágio. “O Pará tem apresentado alta, como outros Estados do Brasil. A situação é mais grave porque essa variante já se encontra no país, como no Amazonas, Espírito Santo, Rio de Janeiro e São Paulo. Neste último caso, uma idosa de 72 anos morreu no dia 7 deste mês. Como as análises indicam, uma vez presente no Brasil, a variante BQ.1 vai facilmente proliferar e gerar uma nova onda de casos”, declarou o infectologista.
E o aumento no número de casos, ou a preocupação com a situação, no Pará pode ser constatado nas farmácias. Numa rede que fica na avenida Duque de Caxias, em Belém, a procura pelos testes rápidos tem sido intensa, assim como a busca por remédios antigripais. “Nas duas últimas semanas, a venda desses testes de Covid-19 subiu muito, com pessoas apresentando sintomas, como dor de cabeça, febre, entre outros que são típicos da doença”, disse um funcionário da farmácia.
PREVENÇÃO
Mas, tão importante quanto a busca por testes nas farmácias é continuar adotando as medidas de proteção, sobretudo a busca pela imunização por meio do ciclo vacinal amplamente disponível. “O alerta é para que as pessoas concluam o esquema vacinal, que combate a doença. De acordo com os dados, os registros de vacinação estão estagnados com a aplicação da primeira dose de reforço, que seria a terceira, com apenas 50% de alcance e apenas 25% pela aplicação da segunda dose da vacina. Por isso, completar esse ciclo é importante, já que ela combate essa nova variante”, completou o médico.
“Esse vírus ainda é uma surpresa, que se renova constantemente, ainda capaz de prejudicar de alguma forma e ser letal, principalmente a grupos de pessoas de risco”, concluiu Alessandre Beltrão.
ONDE SE VACINAR?
BELÉM
l Unidades Básicas de Saúde (UBSs): de segunda a sexta-feira – 8h às 17h (todas as vacinas disponíveis);
Hospital do Exército: terça e quinta-feira, das 8h às 18h (vacinas disponíveis: Covid, Influenza e sarampo);
Hospital de Aeronáutica: terça e quinta-feira, das 8h às 11h e 14h às 17h (vacinas disponíveis: Covid, Influenza e sarampo);
Hospital Naval: terça e quinta-feira, das 8h às 12h e 14h às 17h (vacinas disponíveis: Covid, Influenza e sarampo);
Universidades: Unama, Fibra e Unifamaz, de segunda a sexta-feira, das 9h às 17h (vacinas disponíveis: Covid, Influenza e sarampo).
QUEM PODE SE VACINAR
Covid-19 A vacina é destinada a todos aqueles (crianças, jovens, adultos e idosos) que ainda não receberam a primeira ou a segunda dose. Para as crianças, a vacina está disponível a partir dos 3 anos de idade. Já a dose de reforço (terceira ou a quarta dose) deve ser feita com intervalo de quatro meses da dose anterior e está disponível para todas as pessoas, a partir de 18 anos. A quarta dose também é ofertada para todos os imunocomprometidos, a partir de 12 anos de idade, com apresentação de uma cópia do laudo, atestado ou outro documento que comprove alto grau de imunossupressão.